ATA DA TRIGÉSIMA QUARTA SESSÃO ORDINÁRIA DA PRIMEIRA
SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM 09-5-2005.
Aos nove dias do mês de maio
de dois mil e cinco, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio
Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas, foi realizada a
chamada, sendo respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Carlos Comassetto, Elói
Guimarães, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, José Ismael
Heinen, Luiz Braz, Manuela d'Ávila, Maria Celeste, Mario Fraga, Maristela
Meneghetti, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro e Professor Garcia. Ainda, durante a
Sessão, compareceram os Vereadores Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Almerindo
Filho, Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo, Clênia
Maranhão, Dr. Goulart, Elias Vidal, Ervino Besson, Gerson Almeida, Ibsen
Pinheiro, Márcio Bins Ely, Maristela Maffei, Maurício Dziedricki, Mônica Leal,
Paulo Odone, Raul Carrion, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Valdir Caetano.
Constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os
trabalhos e determinou a distribuição em avulsos de cópias das Atas da
Trigésima Sessão Ordinária e da Sétima e Oitava Sessões Solenes, que deixaram
de ser votadas, em face da inexistência de quórum deliberativo. À MESA, foram
encaminhados: pelo Vereador Adeli Sell, os Pedidos de Informações nos
115 e 116/05 (Processos nos 2864 e 2865/05, respectivamente); pelo
Vereador Bernardino Vendruscolo, o Pedido de Providências nº 885/05 (Processo
nº 2729/05); pela Vereadora Clênia Maranhão, o Projeto de Resolução nº 091/05
(Processo nº 2774/05); pelo Vereador Ervino Besson, o Pedido de Providências nº
977/05 (Processo nº 2905/05) e o Pedido de Informações nº 118/05 (Processo nº
2908/05); pelo Vereador João Carlos Nedel, o Projeto de Lei do Legislativo nº
136/05 (Processo nº 2897/05); pelo Vereador Maurício Dziedricki, o Pedido de
Providências nº 975/05 (Processo nº 2893/05); pelo Vereador Paulo Odone, o
Projeto de Lei do Legislativo nº 122/05 (Processo nº 2630/05); pelo Vereador
Professor Garcia, o Projeto de Lei do Legislativo nº 133/05 (Processo nº
2866/05) e o Projeto de Resolução nº 093/05 (Processo nº 2919/05). Também, foi
apregoado Requerimento de autoria do Vereador Gerson Almeida, deferido pelo
Senhor Presidente, solicitando o desarquivamento do Projeto de Lei do
Legislativo nº 237/04 (Processo nº 5718/04). Do EXPEDIENTE, constaram os
Ofícios nos 087, 088, 089, 090 e 092/05, do Senhor Prefeito
Municipal de Porto Alegre; 003/05, do Deputado Federal Jorge Alberto. Após, o
Senhor Presidente concedeu a palavra, em TRIBUNA POPULAR, ao Senhor Júlio Lopes
dos Santos, Presidente da Associação dos Engraxates da Praça da Alfândega, que
solicitou o apoio dos Vereadores desta Casa para a solução de problemas
enfrentados pela categoria que representa, como a inexistência de alvará para
atuação no Centro de Porto Alegre e dificuldades legais para ampliação do
número de engraxates que atuam no Município. Ainda, afirmou que a remodelação
da Praça da Alfândega proposta pelo Governo Municipal localiza os engraxates em
área muito restrita, prejudicando o trabalho e a sobrevivência desses
profissionais. Na ocasião, nos termos do artigo 206 do Regimento, os Vereadores
Raul Carrion, Professor Garcia, Luiz Braz, Adeli Sell, João Antonio Dib,
Bernardino Vendruscolo, Ervino Besson e Clênia Maranhão manifestaram-se acerca
do assunto tratado durante a Tribuna Popular. Às quatorze horas e vinte e sete
minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às
quatorze horas e vinte e oito minutos, constatada a existência de quórum. A
seguir, foi iniciado o período de COMUNICAÇÕES, hoje destinado a assinalar o
transcurso dos cento e trinta anos de atuação da Caixa Econômica Federal no
Estado do Rio Grande do Sul, nos termos do Requerimento nº 132/05 (Processo nº
2838/05), de autoria do Vereador Carlos Comassetto. Compuseram a Mesa: o
Vereador Elói Guimarães, Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre; os
Senhores Valdemir Colla e Ruben Danilo Pickrodt, respectivamente, Superintendente
de Negócios e Gerente de Mercado da Caixa Econômica Federal; o Vereador Nereu
D’Avila, 1º Secretário deste Legislativo. Ainda, como extensão da Mesa, foram
registradas as presenças dos Senhores Darci Luiz Muller, Gerente-Geral da
Agência Praça da Alfândega da Caixa Econômica Federal; Devanir Camargo da
Silva, Presidente do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região;
Ubirajara Marques Lima, Gerente da Filial do Rio Grande do Sul do Grupo Caixa
Seguros; Antonio Carlos Mariani Mansur, Presidente da Associação Gaúcha de
Economiários Aposentados – AGEA; Paulo Roberto Carpenedo, Presidente da
Associação dos Gerentes da Caixa Econômica Federal do Rio Grande do Sul –
AGECEF/RS; e Paulo Michielon, Presidente da Federação Brasileira das Empresas
Lotéricas – FENALOT. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador Carlos Comassetto, como
proponente da presente homenagem, abordou a história da Caixa Econômica Federal
no Estado, asseverando que essa instituição foi de importância fundamental na
construção da sociedade gaúcha, sendo espaço consagrado de desenvolvimento e
coesão nacional. Nesse sentido, mencionou programas implantados por esse banco,
referentes ao sistema nacional de habitação, ao crédito educativo e em apoio à
micro e pequena empresa. O Vereador Claudio Sebenelo, lembrando a figura de seu
pai, Romildo Sebenelo, funcionário da Caixa Econômica Federal por mais de
quarenta anos, destacou a presença constante e a influência decisiva dessa
entidade no quotidiano dos rio-grandenses. Também, comentou dificuldades vivenciadas
pela população na busca de condições dignas de moradia, classificando a
instituição hoje homenageada como instrumento essencial para viabilizar a
modificação positiva desse quadro. O Vereador Raul Carrion aludiu ao papel da
Caixa Econômica Federal na facilitação do acesso aos serviços bancários por
parte de grupos carentes da sociedade, alegando que essa função ganhou
relevância após a posse do Senhor Luiz Inácio Lula da Silva como Presidente da
República. Sobre o assunto, frisou a abrangência dos programas e recursos
aplicados por esse banco, salientando o projeto “Caixa Aqui”, que em dois mil e
quatro recebeu o Prêmio Marketing Best de Responsabilidade Social. Em
continuidade, o Senhor Presidente concedeu a palavra ao Senhor Valdemir Colla,
que agradeceu o registro hoje efetuado pela Câmara Municipal de Porto Alegre,
relativo ao transcurso dos cento e trinta anos de atuação da Caixa Econômica
Federal no Estado do Rio Grande do Sul. Às quinze horas e seis minutos, os
trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às quinze horas e
dez minutos, constatada a existência de quórum. A seguir, foi apregoado
Requerimento de autoria da Vereadora Margarete Moraes, solicitando Licença para
Tratamento de Saúde nos dias de hoje e amanhã, tendo o Senhor Presidente
declarado empossado na vereança o Suplente Gerson Almeida, informando que Sua
Excelência integrará a Comissão de Defesa do Consumidor e Direitos Humanos. Na
ocasião, foram apregoadas Declarações firmadas pelos Suplentes Marcelo Danéris
e Guilherme Barbosa, informando seus impedimentos em assumirem a vereança nos
dias de hoje e amanhã, em substituição à Vereadora Margarete Moraes. Em
prosseguimento, o Vereador Raul Carrion formulou Requerimento verbal, deferido
pelo Senhor Presidente, solicitando reunião da Mesa Diretora e do Colégio de
Líderes, para discutir a utilização, pelas Comissões Permanentes, dos espaços
destinados a reuniões neste Legislativo, tendo se manifestado a respeito o
Vereador Claudio Sebenelo e tendo o Senhor Presidente prestado esclarecimentos
sobre o assunto. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador Bernardino Vendruscolo elogiou a
aprovação do Requerimento nº 080/05, de realização de Sessão Solene no Parque
Maurício Sirotsky Sobrinho, classificando essa medida como simbólica da valorização
do movimento tradicionalista gaúcho pelo Poder Legislativo de Porto Alegre.
Ainda, agradeceu a aprovação do Projeto de Resolução nº 054/05, de sua autoria,
que institui o ano comemorativo do centenário de nascimento do Escritor Érico
Veríssimo. O Vereador José Ismael Heinen parabenizou esta Casa pela realização
da Sessão Solene do dia seis de maio do corrente em homenagem ao transcurso dos
sessenta anos do Dia da Vitória, lembrando a importância da participação
brasileira na Segunda Guerra Mundial. Ainda, reportou-se às manifestações, em
Brasília, promovidas por mulheres de militares, em prol de aumento prometido
pelo Governo Federal aos integrantes das Forças Armadas Brasileiras. A
Vereadora Maria Celeste questionou o posicionamento da Secretaria Municipal de
Saúde em relação à implantação de farmácias populares em Porto Alegre,
ressaltando a importância dessa iniciativa para as classes mais carentes da
sociedade. Em relação ao assunto, teceu considerações acerca do impacto dos
gastos com medicamentos no orçamento familiar da população e elogiou o modo
como o Ministério da Saúde vem conduzindo o Programa “Farmácia Popular do
Brasil”. A Vereadora Maristela Meneghetti cobrou mais ação do Executivo
Municipal com relação ao controle de trânsito, alegando que novas sinaleiras e
lombadas eletrônicas devem ser instaladas e que a fiscalização precisa ser
melhorada. Nesse sentido, mencionou reclamação recebida em seu gabinete sobre
perigos nas imediações do Instituto São Francisco, na Avenida Baltazar de
Oliveira Garcia, solicitando que a Empresa Pública de Transporte e Circulação
designe um agente para esse local. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, a Vereadora
Maristela Meneghetti, dando continuidade a seu pronunciamento em Comunicações,
teceu considerações acerca da necessidade de que as escolas proporcionem uma
boa educação e um ambiente seguro aos seus freqüentadores, destacando que é
obrigação de todos, especialmente dos legisladores, se preocuparem com a
segurança das crianças no seu deslocamento diário aos estabelecimentos de
ensino. Na oportunidade, foi apregoado Requerimento de autoria do Vereador Raul
Carrion, deferido pelo Senhor Presidente, solicitando a retirada do Projeto de
Resolução nº 042/05 (Processo nº 0107/05) da Ordem do Dia, nos termos do artigo
81 da Lei Orgânica do Município. Também, foi apregoado o Projeto de Resolução
nº 089/05 (Processo nº 2661/05), de autoria do Vereador Elói Guimarães. Em
GRANDE EXPEDIENTE, o Vereador Carlos Todeschini abordou a temática da
criminalidade urbana, discutindo a necessidade de organização e integração dos
serviços de segurança pública nos âmbitos estadual, municipal e federal. Nesse
sentido, analisou o Projeto de Lei do Legislativo nº 030/05, que dispõe sobre
ações nessa área, e o Requerimento nº 084/05, ambos de sua autoria, que propõe
a criação, nesta Casa, de uma Comissão Especial de Segurança Pública. Em
COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Ervino Besson discorreu sobre os índices de
criminalidade no Estado, defendendo a criação de Conselhos Municipais e Fóruns
Regionais de Segurança Pública. Em relação ao assunto, cobrou explicações das
autoridades sobre crimes cometidos por pessoas em regime semi-aberto ou em
liberdade condicional e leu a reportagem “Semi-aberto é escola do crime”, do
Jornal Correio do Povo de hoje, concordando com o enfoque dado a essa matéria.
A Vereadora Manuela d'Ávila afirmou que Pedidos de Informações de sua autoria
não foram respondidos no prazo legal pelo Executivo Municipal e discordou da
decisão da Mesa Diretora, que impôs restrições ao uso de espaços desta Câmara
para reuniões da Comissão de Educação, Cultura e Esportes. Também, refutou
críticas dirigidas pelo Deputado Federal Tarcísio Zimmermann ao Ministro Aldo
Rebelo, opinando que isso quebra a coalizão necessária ao Governo. O Vereador
João Antonio Dib discursou acerca dos esforços dos Governos Estadual e
Municipal em implementar políticas adequadas na área da segurança pública
porque, segundo Sua Excelência, o Partido dos Trabalhadores, quando à frente
desses Executivos, não disponibilizou os recursos financeiros para que fosse
dada a devida continuidade aos projetos necessários à organização e
reestruturação das polícias civil e militar. Em GRANDE EXPEDIENTE, o Vereador
Claudio Sebenelo respondeu aos questionamentos feitos pela Vereadora Maria
Celeste, em Comunicações, sobre a implementação de farmácias populares na
Cidade, afirmando que verbas recebidas do Governo Federal, até o final do ano
passado, destinadas à área da saúde, estavam sendo mal aplicadas. Ainda,
replicou críticas do Vereador Carlos Todeschini, em relação às políticas de
segurança pública dos atuais Governos Municipal e Estadual. Na ocasião, a
Vereadora Maristela Maffei formulou Requerimento verbal, solicitando a retirada
de termos constantes no pronunciamento do Vereador Cláudio Sebenelo, durante o
Grande Expediente, tendo o Senhor Presidente informado que iria ler as notas
taquigráficas sobre o assunto e, posteriormente, responderia à Vereadora
Maristela Maffei. Após, foi apregoada a Emenda nº 03, proposta pelo Vereador
Aldacir Oliboni e assinada pela Vereadora Maristela Maffei, Líder da Bancada do
PT, ao Projeto de Lei do Legislativo nº 129/02 (Processo nº 2175/02). Às
dezesseis horas e vinte e quatro minutos, os trabalhos foram regimentalmente
suspensos, para a realização de reunião conjunta de Comissões Permanentes,
sendo retomados às dezessete horas e seis minutos, constatada a existência de
quórum. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, o Projeto de
Lei do Legislativo nº 018/05, discutido pelo Vereador João Antonio Dib, o
Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 011/05, discutido pelos
Vereadores João Antonio Dib e Bernardino Vendruscolo; em 2ª Sessão, os Projetos
de Resolução nos 052 e 086/05, o Projeto de Lei Complementar do
Legislativo nº 017/05, os Projetos de Lei do Legislativo nos 121,
126 e 127/05, este discutido pelo Vereador Professor Garcia, o Projeto de Lei
do Executivo nº 007/05, discutido pelos Vereadores Professor Garcia, Carlos
Comassetto e Clênia Maranhão; em 3ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos
107, 113 e 114/05; em 5ª Sessão, o Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 008/05.
Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, a Vereadora Maristela Maffei referiu-se à questão da
segurança pública, mencionando reportagem publicada ontem no jornal Zero Hora,
intitulada “A casamata do crime”, que trata de gangue de rua que atua nas
imediações da Avenida João Pessoa. Em relação ao assunto, criticou o atual
Governo Municipal pelas políticas públicas adotadas nessa área, isentando as
gestões anteriores do Partido dos Trabalhadores da culpa pela criminalidade na
Cidade. O Vereador Luiz Braz manifestou-se contrariamente aos pronunciamentos
realizados na presente Sessão por integrantes das Bancadas de oposição ao atual
Governo Municipal, em relação à área da segurança pública, alegando que as
gestões do Partido dos Trabalhadores, nos dezesseis anos em que governou Porto
Alegre, foram responsáveis pela atual situação. Ainda, referindo-se à Lei de
Responsabilidade Fiscal, questionou a aplicação de recursos públicos pelo Governo
Federal. A Vereadora Clênia Maranhão comentou indagações da Vereadora Manuela
d'Ávila, acerca de atrasos nas respostas do Prefeito às solicitações de
Vereadores desta Casa, esclarecendo que o Executivo de Porto Alegre não tem
intenção de esconder informações e argumentando que há um acúmulo de Pedidos de
Informações e Pedidos de Providências. Ainda, debateu a questão das farmácias
populares, lembrando que o Governo Municipal tem buscado parcerias para
melhorar a situação. O Vereador Professor Garcia registrou sua participação, no
dia seis de maio do corrente, nas comemorações dos sessenta e cinco anos de
atividades da Escola de Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande
do Sul, parabenizando essa Entidade e ressaltando a qualidade dos profissionais
formados por ela. Ainda, registrou que atualmente as atividades relativas à
Educação Física são responsável por dois por cento do Produto Interno Bruto
brasileiro. O Vereador Sebastião Melo, debatendo as condições da segurança
pública, destacou os investimentos feitos pelo atual Governo do Estado nessa
área, enfatizando a posição de que o agravamento da violência tem como base o
problema social brasileiro. Nesse sentido, defendeu que deve haver uma
reformulação na Legislação Penal, bem como uma interação entre os Governos
Municipal, Estadual e Federal, para que efetivamente se consigam resultados
positivos nessa área. Na ocasião, o Senhor Presidente registrou a presença do
ex-Deputado Federal José Maria Eymael, Presidente Nacional do PSDC, tendo o Vereador
Ibsen Pinheiro manifestado-se a respeito. A seguir, constatada a existência de
quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA e aprovado Requerimento verbal de autoria
do Vereador Mario Fraga, solicitando alteração na ordem de apreciação da
matéria constante na Ordem do Dia. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o
Projeto de Decreto Legislativo nº 002/05, por vinte e nove votos SIM, após ser
discutido pelos Vereadores Adeli Sell, Sofia Cavedon, Gerson Almeida, Carlos
Todeschini, Ervino Besson, Bernardino Vendruscolo, Claudio Sebenelo, Carlos
Comassetto, Clênia Maranhão, Paulo Odone, Elias Vidal, Maria Celeste, Raul
Carrion e Professor Garcia, em votação nominal solicitada pelo Vereador Carlos
Comassetto, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Bernardino
Vendruscolo, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo, Clênia
Maranhão, Dr. Goulart, Elias Vidal, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Ibsen
Pinheiro, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz,
Márcio Bins Ely, Maria Celeste, Mario Fraga, Maristela Meneghetti, Maurício
Dziedricki, Mônica Leal, Neuza Canabarro, Paulo Odone, Professor Garcia, Raul
Carrion, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Valdir Caetano e tendo apresentado
Declaração de Voto os Vereadores Adeli Sell, Carlos Comassetto, Carlos
Todeschini e Raul Carrion. Na ocasião, foi aprovada a prorrogação dos trabalhos
da presente Sessão, nos termos regimentais. Também, durante a discussão do
Projeto de Decreto Legislativo nº 002/05 (Processo 2964/05), o Vereador Raul
Carrion formulou Requerimento verbal, deferido pelo Senhor Presidente,
solicitando cópias do referido Processo. Ainda, o Vereador Sebastião Melo
formulou Requerimento verbal, solicitando cópias dos Processos relativos a
autorização das viagens dos ex-Prefeitos Tarso Genro e João Verle, tendo a
Vereadora Sofia Cavedon manifestado-se a respeito. Em prosseguimento, o
Vereador Mario Fraga manifestou-se em relação à ordem de apreciação da matéria
constante na Ordem do Dia. Também, em face Questão de Ordem formulada pela
Vereadora Sofia Cavedon, o Senhor Presidente prestou informações acerca do
processo de votação do Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 004/05. Em Votação
Nominal, 2º Turno, foi aprovado o Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 004/05,
com ressalva da Emenda a ele aposta, por trinta votos SIM, após ser encaminhado
à votação pelos Vereadores Adeli Sell, Raul Carrion e Professor Garcia, tendo
votado os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Carlos
Comassetto, Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Dr. Goulart,
Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro,
João Antonio Dib, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Márcio Bins
Ely, Maria Celeste, Mario Fraga, Maristela Meneghetti, Maurício Dziedricki,
Mônica Leal, Neuza Canabarro, Paulo Odone, Professor Garcia, Raul Carrion,
Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Valdir Caetano. Às dezenove horas e quarenta e
dois minutos, constatada a inexistência de quórum, o Senhor Presidente declarou
encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão
Ordinária da próxima quarta-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram
presididos pelos Vereadores Elói Guimarães e João Carlos Nedel e secretariados
pelo Vereador Nereu D'Avila. Do que eu, Nereu D'Avila, 1º Secretário,
determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e
aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Passamos à
O SR. JÚLIO LOPES DOS SANTOS: Cumprimento a todos, saúdo o Presidente
Elói Guimarães e demais Vereadores. Falo sobre um assunto referente à
Associação dos Engraxates de Porto Alegre e referente à Praça da Alfândega, que
todos conhecem.
Quero,
em especial, também saudar o Ver. Adeli Sell que abriu esta oportunidade para
que os engraxates tivessem uma fala.
A
Associação dos Engraxates foi fundada em 21 de novembro de 2001, e está
devidamente registrada; a Associação iniciou suas atividades com 22 membros e,
hoje, conta com cerca de 40 sócios. Embora estejamos servindo à Cidade há mais
de 50 anos, nenhum engraxate, até hoje, obteve o seu Alvará de Licença. Já
houve ocasião em que nos chamaram de ilegais. Será que isso é justo? Como
Presidente da Associação já fiz vários pedidos junto à SMIC para que nos dessem
o nosso Alvará, mas a resposta - isso há 4 anos -, é que a Lei não permitia.
Pergunto, então: por que os vendedores de doces têm o Alvará de Licença e os
engraxates não o têm?
Outra
questão: a Associação dos Engraxates quer dar mais empregos para os engraxates
por meio de seu Plano de Expansão, Plano este que também apresentamos à SMIC.
Num tempo em que há muito desemprego, a Associação quer expandir o seu
trabalho, dando mais emprego às pessoas, e estamos sendo impedidos.
Fizemos
um pedido com este Plano, em que dissemos assim: “No Fórum Central vimos que
podem ser colocados dois engraxates; no Mercado Público podemos colocar dois
engraxates; na Praça Piratini também dois pontos de engraxates; no Viaduto da
Borges também podemos colocar dois pontos; na Avenida 24 de outubro também há
possibilidades; na Avenida Carlos Gomes há muitos pontos, e também no Trensurb
há vários pontos, inclusive nos foi pedido que houvesse engraxates por lá”. No
entanto, diz a SMIC que a Lei não permite. Se a Lei não permite instalar mais
engraxates em vários pontos da Cidade, por que a Lei permite instalar várias
bancas de revistas?
Outra questão é quanto à sobrevivência dos engraxates. Além
de estarmos amontoados na Praça da Alfândega, há um plano de remodelação da
Praça de Alfândega para nos acantonar ainda mais. Já discutimos isso entre a
classe dos engraxates, que por esse motivo começa a ser morta. Por quê? Porque
o modelo ali montado na década de 60 servia para a sobrevivência dos engraxates.
Por quê? Porque todos os funcionários públicos, bem como quase todas as
empresas localizavam-se no Centro, mas hoje houve uma grande descentralização,
fazendo com que os engraxates acabassem disputando entre si os fregueses. Quer
dizer, a sobrevivência dos engraxates está difícil, e se ainda forem
acantonados ao lado da Caixa Econômica, a situação ficará mais difícil ainda.
Assim, nós pedimos aos Vereadores desta Casa que tenham
sensibilidade, para que nos ajudem a sobreviver, de acordo com as Leis Municipais
de regularização, pois a Associação dos Engraxates tem feito a sua parte. Nós
fizemos novas instalações, nós uniformizamos o pessoal, uniformizamos os nossos
preços - tudo isso com a ajuda do Banrisul -, e temos recebido grandes elogios
por essas reformas que fizemos.
Portanto, como Presidente da Associação dos Engraxates,
tenho um pedido a fazer à Casa: que nos ajude a conseguir o nosso Alvará, e que
também não concordem com que sejamos acantonados lá na Praça da Alfândega,
prenunciando, assim, a morte da categoria dos engraxates. Muito obrigado.
(Palmas.).
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Convidamos o Sr. Júlio Lopes dos Santos,
Presidente da Associação dos Engraxates da Praça da Alfândega, a compor a Mesa
dos trabalhos.
O
Ver. Raul Carrion está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. RAUL CARRION: Em primeiro lugar queríamos deixar a
nossa saudação ao Sr. Júlio Lopes dos Santos, Presidente da Associação dos
Engraxates da Praça da Alfândega; uma entidade que realiza um trabalho
tradicional na nossa Cidade, aliás, é importante dizer que já tivemos um
Vereador aqui, o Bagé, egresso dessa atividade. Tivemos a oportunidade de, numa
reunião da CUTHAB, debatermos o Projeto Monumenta - reunião em que inclusive o
Sr. Júlio dos Santos esteve presente -, quando também expusemos a preocupação
dos engraxates no sentido de que a aplicação do Projeto Monumenta significaria
a saída deles da Praça da Alfândega, onde estão há muitos anos, fazendo parte
da nossa história. Como também há a ameaça de retirada da torre de petróleo do
Centro, onde foi colocada por volta do ano 1950, porque, segundo o entendimento
de alguns, só é considerada a história construída nos séculos XIX e XVIII;
achamos que a história nós construímos hoje também. E a torre de petróleo faz
parte da nossa história e da luta do povo brasileiro.
Em
primeiro lugar, quero dizer que estamos aqui para examinar todas as
preocupações da Associação; examinar essa Lei para ver se realmente impede a
possibilidade de modificação, já que se trata de uma atividade que pode
espraiar-se para outros pontos da Cidade. Gostaria que a própria Associação nos
encaminhasse essas alternativas que, com o passar do tempo, foram sendo
colocadas, e como V. Exª referiu, se há algum estudo ou um levantamento sobre
esses pontos de trabalho.
A
CUTHAB, bem como a Bancada do PCdoB, composta por este Vereador e pela Verª
Manuela, estamos à disposição para aprofundarmos o tema e buscarmos
alternativas que permitam a continuidade desse trabalho digno, importante, que
lá é exercido há décadas, e que, ao mesmo tempo, pode ser exercido em outras
áreas da Cidade.
Conte
com a Bancada do Partido Comunista do Brasil. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Professor Garcia está com a
palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, Presidente da Associação dos Engraxates da Praça da Alfândega, o
Partido Socialista Brasileiro gostaria de ressaltar que a atividade que vocês
exercem ali na Praça da Alfândega já está inserida, e há muito, ao convívio da
Cidade. A Cidade conhece o trabalho de vocês.
Mas, ao mesmo tempo, as coisas são evolutivas, e, nessa situação - de onde pode ocorrer uma transferência - acho que esta Casa, sim, tem de se debruçar sobre ela, primeiro, para garantir o trabalho de vocês. E, ao mesmo tempo, sentar com o Município e a Associação dos Engraxates para ver da possibilidade de convivência. E sei que há - e vocês também têm - a intenção de melhoria, mas o que não podemos é, de uma hora para outra, extinguir a profissão de vocês. Vocês podem ter a certeza de que terão todo o apoio do Partido Socialista Brasileiro. Parabéns.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Luiz Braz está com a palavra, nos
termos do art. 206 do Regimento.
O SR. LUIZ BRAZ: Que seja sempre bem-vindo um
representante dos engraxates nesta Casa, para que nós possamos debater temas
como esse. Eu digo ao Sr. Júlio Lopes dos Santos, Presidente da entidade, que
esta Casa já regulamentou o trabalho de diversos profissionais, mais ou menos
em áreas parecidas. Os consertadores de sapatos que, antigamente, eram
constantemente perseguidos, no Centro, pela fiscalização, foi uma das classes
que nós conseguimos, aqui, fazer a regulamentação de sua profissão através da
legislação. Eu acredito, até, que a classe dos engraxates poderia estar nessa
mesma legislação que regulamentou a classe dos consertadores de sapatos no
Centro da Cidade. Então, nós temos um caminho já aberto a ser seguido. Não é
alguma coisa difícil ou impossível para que nós possamos realmente conseguir,
com muita rapidez, a regulamentação dessa profissão com relação às regiões mais
centrais da Cidade e outras regiões que interessam para o trabalho dos
engraxates.
Acho
que nós temos obrigação de trabalharmos juntos; não é uma questão ideológica
aqui, não é uma questão partidária, é uma questão de dignidade pessoal daqueles
que estão exercendo uma função e querem o seu alvará para poder exercer essa
função. E nós, Vereadores, temos a obrigação de trabalharmos juntos para dar
esse suporte a todos os senhores. Com certeza absoluta, nós, da Bancada do
PSDB, ficamos à inteira disposição para que possamos trabalhar em qualquer
projeto que tenha esse direcionamento, de podermos fazer com que a profissão de
engraxate seja reconhecida e que possa haver um ordenamento jurídico para poder
garantir a atuação em qualquer ponto da Cidade.
Um
abraço e que tenha, realmente, muito sucesso o que o senhor veio aqui tratar.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Adeli Sell está com a palavra, nos
termos do art. 206 do Regimento.
O SR. ADELI SELL: Sr. Presidente, meu caro Júlio, falo em
nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores. Eu lastimo que até hoje essa
profissão tão antiga não tenha uma regulamentação no Congresso Nacional. Todos
nós sabemos que as profissões passam por uma regulamentação no Congresso
Nacional. Eu me sinto um tanto quanto frustrado por não ter conseguido, na
minha gestão na Prefeitura, resolver o problema dos seus alvarás, porque havia
um senão da SMAM e, também, o Projeto Monumenta discutia o remodelamento da
Praça da Alfândega. Mas eu acredito que é possível, agora, com o Projeto
Monumenta em andamento, e com a vontade e determinação do novo Secretário da
Indústria e Comércio, que conversou conosco na semana passada, de a gente
resolver um conjunto de questões pendentes sobre os alvarás na cidade de Porto
Alegre; coisas que vêm se arrastando desde 1968 com a legislação.
Sou
completamente favorável em fazer uma readequação dos nossos engraxates pela
Cidade. Felizmente, em uma parceria com o Banrisul, conseguiu-se alguns
equipamentos para a Av. Otávio Rocha, para a Av. Borges de Medeiros e para a
própria Praça da Alfândega. A recolocação, por exemplo, sugerida no Viaduto
Otávio Rocha, em torno do shopping Guaspary, no próprio Mercado Público, já são
três alternativas importantes. Sabemos também que há outros estabelecimentos,
como shopping centers, com algum
nível de interesse nessa questão.
Portanto,
é uma responsabilidade nossa, deste Parlamento, ajudar na adequação e resolução
desse problema junto com a Prefeitura Municipal. O senhor já viu que todas as
Bancadas que se pronunciaram até este momento são unânimes de que nós vamos
tentar resolver o problema.
Meu
caro Presidente, Elói Guimarães, eu pediria que a posição anunciada pela
Associação dos Engraxates fosse enviada ao Gabinete do Prefeito Municipal e,
particularmente, ao Projeto Monumenta, à SMIC e à SMAM, que têm direta
incidência sobre a questão da Praça da Alfândega que está num processo de
remodelação. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. João Antonio Dib está com a
palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Meu caro Presidente, Elói Guimarães, Sr.
Júlio Lopes dos Santos, Presidente da Associação dos Engraxates da Praça da
Alfândega, o engraxate da Praça da Alfândega é uma tradição da Cidade. Eu cheguei
a Porto Alegre e eles já estavam lá, e faz algumas décadas. Eu não vejo por que
alguém deseja tirá-los de lá. Mas a solicitação da Tribuna Popular diz:
“alvarás e transferência dos engraxates”. Não sei se essa transferência
significa sair da Praça da Alfândega para outro lugar, ou se é a transferência
de um para outro profissional. Mas de qualquer forma, se for para regulamentar
o trabalho dos senhores na Praça da Alfândega, pode contar com o meu Partido, o
Partido Progressista; nós daremos três votos, sem nenhum problema, porque é,
como eu disse no início: uma tradição da Cidade, e tradições devem ser
preservadas e respeitadas. Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a
palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Caro companheiro - digo companheiro
porque na minha infância também fui engraxate -, eu não imaginava que os
senhores estivessem ainda enfrentando problemas dessa natureza, sendo esse um
problema tão simples de se resolver. Eu também acho que os senhores estão
mal-abrigados. Aquele local de trabalho não é digno para que os senhores possam
trabalhar, principalmente nas intempéries. Eu espero que o novo Governo tenha
condições de dar uma atenção melhor aos senhores. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. ERVINO BESSON: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras
Vereadoras, meu caro Júlio Lopes dos Santos, Presidente da Associação dos
Engraxates da Praça da Alfândega, em meu nome e em nome dos Vereadores Neuza
Canabarro, Mario Fraga, Nereu D’Avila, Dr. Goulart, Márcio Bins Ely, nós
queremos saudá-lo. Se a Praça da Alfândega tem uma história, vocês estão, sem
dúvida, marcados por essa história. A Praça da Alfândega tem jogo de dama, tem
belas árvores, tem os bancos para os bate-papos. E o Ver. Bernardino, com toda
a tranqüilidade, diz que foi engraxate. Que belo! Sua profissão tem uma
história marcada! O próprio Collares, um político respeitado nacionalmente,
também foi engraxate. Então, temos que respeitar muito essa profissão. Então,
em nome da nossa Bancada, o PDT, queremos parabenizá-lo. Eu sou cliente do Seu
João, aquele senhor que tem um defeito físico, me atende sempre com alegria,
com fidalguia, com educação. Quero que o senhor transmita a ele um abraço muito
fraterno, muito carinhoso da Bancada do PDT. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): A Verª Clênia Maranhão está com a
palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Sr. Presidente, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, queria, em nome da minha Bancada, a do PPS, em
meu nome e em nome do Ver. Paulo Odone, saudar a presença do Sr. Júlio Lopes
dos Santos, Presidente da Associação dos Engraxates da Praça da Alfândega de
Porto Alegre. Acho muito importante a sua presença nesta Casa para reavivar um
antigo debate que muitas vezes já foi estabelecido, não apenas neste plenário,
mas também nas comissões técnicas desta Casa.
Esta
Casa tem uma legislação de 1968, que depois foi refeita em 1970, que trata da
questão de uns alvarás relativos ao engraxate no Centro da Cidade.
A
composição da Cidade mudou e é importante que o senhor esteja presente conosco,
para procurarmos ajustar necessidades de um segmento que faz parte inclusive do
panorama, da imagem do Centro da Cidade, procurando, junto ao Executivo, uma
solução que não traga nenhum prejuízo econômico aos engraxates, e que possa,
por outro lado, modernizando, ajudando os profissionais desse segmento a
comporem a nova reformulação da Praça da Alfândega.
Eu
acompanhei, inclusive, há alguns anos passados, a conquista que os senhores
tiveram em relação ao patrocínio do Banrisul, que deu uma feição mais bonita
aos espaços de trabalho que os senhores têm.
Neste
momento em que estamos discutindo o Projeto Monumenta, queremos também nos
colocar à sua disposição, à disposição da sua Associação para conversarmos com
a Dra. Briani Bica, Coordenadora do Projeto Monumenta, para que as modificações
propostas na Praça tenham a função de atrair um público maior para a Praça, de
dinamizar - do ponto de vista cultural, político e econômico - o Centro da
Cidade, que possa ser feito de uma maneira que os senhores todos se sintam
contemplados. Sucesso nas suas reivindicações.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Queremos cumprimentar o Sr. Júlio Lopes
dos Santos, Presidente da Associação dos Engraxates da Praça da Alfândega, e
dizer a V. Sa. - como pode perceber - do interesse de todas as Bancadas. A
Casa, inquestionavelmente, Sr. Júlio, será uma interlocutora às pretensões do
trabalho ali naquele local, porque a fotografia da Praça da Alfândega sem os
engraxates seria incompleta.
Portanto,
receba a nossa saudação.
Suspendemos
os trabalhos por dois minutos para as despedidas.
(Suspendem-se
os trabalhos às 14h27min.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães -
14h28min): Estão
reabertos os trabalhos.
Encerrado
o espaço da Tribuna Popular, vamos propor a inversão do período de Grande
Expediente pelo de Comunicações, tendo em vista que teremos uma homenagem.
(Pausa.)
Passamos
às
Hoje,
período destinado a assinalar o transcurso dos 130 anos de atuação da Caixa
Econômica Federal no Estado do Rio Grande do Sul, nos termos do Requerimento nº
132/05, de autoria do Ver. Carlos Comassetto - Proc. nº 2.838/05.
Convidamos
a compor a Mesa o Sr. Valdemir Colla, Superintendente de Negócios da Caixa
Econômica Federal; o Sr. Ruben Danilo Pickrodt, Gerente de Mercado da Caixa
Econômica Federal.
Como
extensão de Mesa, queremos registrar a presença do Sr. Darci Luiz Muller,
Gerente-Geral da Agência Praça da Alfândega, nº 1000; o Sr. Devanir Camargo da
Silva, Presidente do Sindicato dos Bancários; o Sr. Ubirajara Lima, Gerente de
Filial da Caixa Seguros; o Sr. Antonio Carlos Mariani Mansur, Presidente da
AGEA; o Sr. Paulo Roberto Carpenedo, Presidente da Associação dos Gerentes da
Caixa; o Sr. Paulo Michielon, Presidente da Federação Brasileira das Lotéricas.
Saudamos a todos e os demais funcionários e funcionárias da centenária Caixa
Econômica Federal.
O
Ver. Carlos Comassetto, proponente desta homenagem, está com a palavra em
Comunicações.
O SR. CARLOS COMASSETTO: Sr. Presidente, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais
presentes.) Esta homenagem, hoje, aos 130 anos da Caixa Econômica Federal, na
realidade, se confunde com a história do desenvolvimento do Estado do Rio
Grande do Sul e com o desenvolvimento do Brasil; e ainda com a criação da Lei
nº 1.083, de 22 de agosto de 1860: (Lê.): “Reconhecemos a utilidade e a
importância das Caixas Econômicas, pela salutar influência que exercem nos
hábitos e condição das classes menos abastadas da sociedade, autorizou o
Governo, a crear” - assim que está escrito - “estabelecimentos dessa especie,
dirigidos e administrados por directores de sua escolha, afim de receberem
dinheiro a prêmios e deposita-los em Estações da Fazenda, vencendo o juro anual
de 6%, taxa que nos termos da lei nº 1.507 de 26 de setembro de 1897, póde ser
alterada, quando for conveniente”.
Logo
após a promulgação dessa Lei, o Imperador Dom Pedro II editou o Decreto nº
2.723, de 12 de janeiro de 1861, que criou a primeira Caixa Econômica e o
primeiro Monte de Socorro sob controle estatal no Brasil, na cidade, então
Capital Federal, Rio de Janeiro.
A
partir desse momento, a Caixa Econômica Federal se afirmou em todos os espaços
do País como um espaço de desenvolvimento e de coesão na política nacional.
Eu
poderia aqui discorrer uma tese muito profunda referente ao histórico da Caixa,
porém, o tema e o tempo não me permitem. Diante disso, eu quero citar aqui o
que a Caixa vem desenvolvendo e, principalmente, as atuais políticas. A Caixa
Econômica Federal, todos nós sabemos, tem o seu envolvimento em ações
importantes, como é a questão do penhor, a questão das lotéricas, a questão da
poupança, e cito as contas de poupanças populares: o PIS - Programa de
Integração Social; o FGTS; Crédito Educativo.
E
aqui faço um parêntese: este que vos fala só pôde fazer a universidade, porque
buscou o Crédito Educativo, via Caixa Econômica Federal, lá na década de 80.
Além
disso, nós temos o Sistema Nacional de Habitação, com a extinção do Banco
Nacional de Habitação, em 1986, quando a Caixa Econômica Federal passa a ser o
principal instrumento para a execução da política habitacional no País. E,
dentro desse tema da política habitacional, podemos dizer que o desenvolvimento
urbano é uma das centralidades do trabalho desenvolvido pela Caixa Econômica.
E, dentro da área de atuação, queira na gestão urbana, queira na habitação para
o setor privado, queira na habitação para o setor público, queira na
infra-estrutura, na pesquisa e no saneamento, eu gostaria de destacar que,
neste momento, representando a política do Governo Federal, ou a política do
Governo Lula, para todo o Brasil, para o setor habitacional, o Governo acaba de
anunciar um investimento, neste período próximo, de 12 bilhões de reais, do Governo
Federal para as principais políticas de habitação; e, ao mesmo tempo, menciona
que a iniciativa privada, os bancos, têm de investir outros tantos 24 bilhões.
Essa política de 24 bilhões - quero assim dizer - destinados à política
habitacional deste País é um marco da história política e um reconhecimento
pelo resgate de uma das principais heranças que nós temos com as questões
sociais e de desenvolvimento urbano do Brasil, do Rio Grande do Sul e de Porto
Alegre.
E
quero dizer que, aqui em Porto Alegre, quando fazemos, semanalmente, o debate
na CUTHAB para discutir as políticas habitacionais, lá está a Caixa Econômica
Federal. E para encontrarmos soluções, nós precisamos ainda ajustar, Sr.
Presidente, muito mais o relacionamento dessa política federal com o setor
privado de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul, bem como ajustar com o Governo,
que inicia aqui em Porto Alegre, todo o engrandecimento que merece a política
habitacional, que, neste momento, está sendo oferecida pelo Governo Federal,
que faz da Caixa a sua representação de desenvolvimento e de justiça social no
Rio Grande do Sul.
E
esse trabalho só é eficaz e será forte, também - eu não poderia deixar de
mencionar isto aqui -, pela capacidade e pelo desempenho de seus funcionários.
Os funcionários da Caixa são um exemplo de funcionários públicos, seja pela
forma como tratam a questão pública, seja pela forma como tratam aqueles que
são menos favorecidos, os quais têm como banco-recorrente, como agência de
financiamento, ou como busca das suas questões sociais, a Caixa Econômica
Federal.
Os
nossos parabéns aos 130 anos da Caixa Econômica Federal no Rio
Grande do Sul. Os nossos parabéns aos 130 anos de aniversário da agência da
Caixa Econômica Federal localizada na Praça da Alfândega, no Edifício
Querência, no coração do Rio Grande do Sul, por construir uma política de
justiça social para o Brasil. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Claudio Sebenelo está com a
palavra em Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Mario Fraga.
O SR. CLAUDIO SEBENELO: Sr. Presidente, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais
presentes.) Eu pedi ao Ver. Mario Fraga para vir à tribuna - a quem agradeço
imensamente pela delicadeza que teve em me ceder o seu tempo. Venho aqui falar
com o coração, em razão do elo de ligação que o sobrenome Sebenelo tem com a
Caixa Econômica Federal: o meu pai trabalhou na Caixa por 42 anos. Na minha
casa, nós totalizávamos oito filhos, e o meu pai fez uma carreira ascendente na
Caixa, sustentou a família inteira trabalhando diariamente lá, e nós a
chamávamos de “A Mãe Caixa”. Depois, meu pai faleceu, mas a Fundação dos
Funcionários da Caixa, a Funcef, fez o papel de devolução do quanto o meu pai se
dedicou e trabalhou à Caixa. E a pensão que minha mãe recebia conferia
dignidade não só para o resto de vida que ela teve, mas foi aos poucos
amontoando, acumulando o orgulho imenso desta Caixa Econômica Federal que para
nós é símbolo, hoje, de tantas coisas, especialmente, Ver. Comassetto, a quem
abraço e cumprimento não só pela iniciativa, mas pelo significado que tem a
Caixa, hoje, pela esperança de solução do problema de moradia no País inteiro.
Vocês
podem ficar certos de que o Ver. Comassetto enumerou entre as atividades da
Caixa e as questões de fomento, a poupança. A primeira poupança que houve
chamava-se Difusão e Economia; era uma caderneta de poupança com lançamentos,
inclusive dos dividendos. Uma caderneta vermelha, grande; Caixa Econômica escrita
em letras douradas, e o holerite colocava os lançamentos ali. Esta Caixa
Econômica que vem de uma cópia da Caja
del Ahorro, dos argentinos, da economia e da poupança que já se fazia, é
hoje um dos sustentáculos de um sistema que, indiscutivelmente, os anos de
ditadura tiveram como virtude, uma política de moradia pelo Banco Nacional de
Habitação, desgraçadamente extinto, e que foi um dos modelos que viabilizava a
questão social da moradia. Depois, evidentemente, com deformidades no sistema,
o BNH desapareceu. E nós precisamos, urgentemente, que haja um resgate, uma
nova busca de uma solução para os problemas da moradia.
Muitas
vezes nós tendo casa, temos da Caixa ajuda para benfeitorias que se podem fazer
numa casa com os refinanciamentos. E mais do que isso, nós temos, muitas vezes,
em um momento de aperto, uma das coisas mais lindas e sociais que existem, que
é, Sr. Presidente, a questão dos penhores, onde eu tive tantos amigos e onde
tantas vezes, nos momentos de aperto, nos momentos de fazer uma viagem, nós
empenhávamos aquelas jóias que eram simples, mas que nos davam um substrato
fantástico para realizar esses pequenos sonhos, que, na vida, muitas vezes,
parecem tão distantes, e, de repente, a “mãe Caixa” vem e resolve a situação,
milagrosamente.
Nós
esperamos, Dr. Colla, que um dia nós possamos dizer que a política de moradia
de Porto Alegre, através da Caixa, seja para nós um dos maiores resgates
sociais que se possa fazer num País, que ainda deve muito a seu povo, mas que
pode, com a pujança de uma Caixa Econômica Federal, fazer a felicidade, não
pelas loterias, mas por um programa, por um projeto, em que o social seja
fundamental, com a redistribuição da renda nacional, através da moradia, o que
seria uma grande conquista do povo brasileiro. Meus parabéns, e muito obrigado
pela presença de vocês! Parabéns à Caixa que, tão jovem assim, é para nós
motivo de um orgulho e de uma felicidade social muito grande. Muito obrigado.
(Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Raul Carrion está com a palavra
em Comunicações.
O SR. RAUL CARRION: Sr. Presidente, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais
presentes.) Para nós é uma imensa satisfação e, por isso, parabenizamos o Ver.
Comassetto por essa iniciativa de homenagear uma instituição tão importante do
nosso País, que comemorou, em janeiro último, 144 anos no Brasil, e aqui, no
Rio Grande do Sul, comemora 130 anos; uma pequena defasagem, mas que
certamente, com o enorme trabalho que vem fazendo, está cobrindo esses anos que
faltaram. A Caixa Econômica Federal sempre foi um instrumento, um banco de
caráter popular, mas, principalmente com a vitória do Presidente Lula, tem
ganhado uma relevância ainda maior esse seu papel. É a única instituição
bancária presente em todos os Municípios deste País. Ela possui 17.400 pontos
de atendimento em mais de 5.600 Municípios, abrangendo agências, casas
lotéricas, correspondentes bancários e assim por diante. E até 2006, deve
alcançar mais 500 agências, e mais em torno de 8.000 correspondentes bancários.
Esses locais de atendimento não trabalham só com contas, mas também com
recebimento de tributos, como pagamento de benefícios e programas que não
teriam a possibilidade de chegar à nossa população não fosse a Caixa Econômica
Federal, por exemplo: Bolsa Escola, Bolsa Alimentação, Auxílio-Gás, Cartão
Alimentação e tantas outras formas.
Só
em 2004, Ver. Comassetto, ela atingiu 47 milhões de brasileiros no atendimento
desses programas - não estou falando no atendimento bancário em geral -, e
nesses benefícios foram distribuídos mais de três bilhões de reais. Apesar de
todo esse trabalho social que poderia levar ao entendimento de que seria um
banco com baixa lucratividade, consegue ter uma gestão altamente qualificada,
rentável, classificada como uma gestão muito boa, nível “AA”, com lucro, no ano
passado, de 1,4 bilhão de reais. Entre os ativos que a Caixa trabalha, 148
bilhões são próprios, isso em fins de 2004, hoje, possivelmente, teremos
valores maiores. Considerando recursos do Governo; recursos administrados por
terceiros, chegaríamos a 387 bilhões de reais. Portanto creio que é o maior
banco público da América Latina em capilaridade e em recursos, inclusive
administrados.
É
interessante também comentar que, com o lançamento da conta CAIXA Aqui, criada
em 2003, portanto já na gestão do Presidente Lula, a Caixa Econômica
possibilitou a 2,2 milhões de brasileiros, sem comprovante de renda ou
comprovante de endereço, a inclusão bancária, e a eles emprestou 235 milhões de
reais a uma taxa de apenas 2% ao mês e isso, inclusive, fez a Caixa merecer o
prêmio Marketing Best de Responsabilidade Social no ano de 2004.
Por
tudo isso, e muito mais que o tempo nos impede de expressar aqui, a Caixa
certamente mora no coração de todos os brasileiros, e tem merecidamente nesta
tarde uma homenagem, de iniciativa do Ver. Comassetto, para reverenciar um
trabalho tão importante. Nós, aqui na CUTHAB, também poderíamos falar - e no
início eu comentava - que a Caixa tem sido uma parceira permanente em todos os
conflitos urbanos de moradia, despejos, e tem dado contribuições enormes, seja
para a gente abrir negociações em momentos tão complicados e difíceis de
apontar recursos.
Agora
temos um novo programa que a Caixa está regulamentando neste mês, que permitirá
recursos para essas situações de emergência, inclusive para aquisição de área,
que muitas vezes é o problema na hora do despejo. Então fica o nosso grande
abraço à direção da Caixa, aos funcionários da Caixa - vejo aqui diversos
outros conhecidos, de outros momentos, de outras tratativas -, que têm sido
parceira do povo brasileiro e principalmente da sua população mais sofrida,
mais, digamos, deserdada deste País.
Parabéns,
um abraço ao nosso amigo Jorge Mattoso, colega de curso primário e vizinho de
porta na infância; um grande abraço à Caixa e aos seus representantes.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): A Casa se fez ouvir pelas manifestações
dos Vereadores.
O
Sr. Valdemir Colla está com a palavra.
O SR. VALDEMIR COLLA: Sr. Presidente, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais
presentes.) É uma honra para mim, representando os colegas da Caixa Econômica
Federal, estar aqui nesta Casa, hoje, recebendo esta homenagem pelos 130 anos
de existência da Caixa em nosso Estado.
No livro “Caixas Econômicas - a Questão da Função Social”, o
colega economiário e advogado Getúlio Borges da Silva, gaúcho de Vacaria, faz
um relato profundo da história das caixas econômicas no mundo e no nosso País.
Getúlio traça as raízes do surgimento da economia popular, mostrando que o ato
de guardar para o futuro decorre do instinto de sobrevivência de diversas
espécies de seres vivos. Ao utilizar a economia, o homem estaria simplesmente
repetindo os exemplos da abelha, da formiga e de outros insetos que, na época
da fartura, acumulam provisões para os dias incertos do futuro.
A
economia individual surgiu com o homem primitivo, trabalhador do campo, ao
sentir a necessidade de fazer provisões de alimentos para as épocas de
escassez. Diferente é a economia social ou a economia popular, uma necessidade
do homem moderno que teria surgido como instrumento de defesa da população em
geral contra a usura.
Para
aliviar a população desses excessos infligidos pelos usurários, surgiram os
montes de socorro: na Espanha, em 1431; na Itália, em 1462. Os montes de
socorro eram fundos financeiros formados a partir de coletas coordenadas por
beneméritos das Igrejas com o objetivo de conceder empréstimos às pessoas que
necessitavam de pequenas quantias para a sobrevivência diária, ou mesmo para
aquelas que precisavam comprar mercadorias ou utensílios para manter atividades
econômicas mais simples. No Brasil, o dia 12 de janeiro de 1861 marca a data da
criação da Caixa Econômica e Monte do Socorro.
Senhoras
e senhores, a Caixa está na vida dos brasileiros há 144 anos. E desde o seu
início, a Caixa exibiu algumas tendências que se consolidariam com o correr dos
anos. Em primeiro lugar, mostrou que de fato tinha surgido para ser o “Banco
dos pobres”, uma vez que as quantias depositadas eram bastante modestas. Em
segundo lugar, das dez primeiras contas no início da Caixa, quatro foram
abertas por pais ou avós em nome de seus filhos ou netos, um hábito que, até os
dias de hoje, nós constatamos que se repete.
O
historiador Eduardo Bueno nos remete às cenas daquela época quando escreve que
“em um país, na época já marcado pela concentração de renda e pela exclusão
social, por escândalos e por negociatas, é comovente observar os depósitos de
50 clientes iniciais da Caixa da Corte durante seus primeiros oito dias de
atividades. As somas variavam entre 10 mil e 50 mil réis, e houve o caso de uma
cliente que depositou tão-somente a quantia de 2 mil réis”. Valores irrisórios
para uma época em que na Sapataria da Rua
do Carmo, um par de botinas de
couro custava oito mil réis; na confeitaria do Leão, na Rua do Ouvidor, um
sorvete em forma de pirâmide não custava menos que 320 réis.
No
Rio Grande do Sul, a história da Caixa também é feita de histórias de vidas.
Quando as portas da casa nº 279 e 281 da Rua dos Andradas se abriram às 11h da
manhã, de 03 de maio de 1875, sete empregados estavam a postos para recepcionar
aqueles que iriam acorrer para depositar seus recursos na Caixa Econômica e
Monte do Socorro. Dentre os porto-alegrenses que trouxeram seus pés-de-meia
para depositar no cofre da Caixa, estava uma menina chamada Josefa. Sabemos sua
idade, nove anos, porém não sabemos seu sobrenome. Josefa traz a seguinte
expressão ao lado de seu nome: Liberta - filha da crioula Margarida, escrava de
José Antônio Coelho Júnior.
Essa
é uma história que trazemos do nosso passado. Hoje, no nosso presente, a Caixa
no Rio Grande do Sul administra 3 milhões e 500 mil contas, uma carteira de 9
bilhões e 500 milhões de reais em depósito. Os clientes da Caixa, ao cruzarem
as portas giratórias das nossas agências, vêm em busca de um crédito
habitacional para adquirir sua casa própria, ou de capital de giro para ampliar
seus negócios, ou de um plano de previdência para um filho que está para
nascer, ou do benefício mensal da Bolsa Família, que permite que seus filhos
freqüentem os bancos escolares. São clientes que vêm em busca de seu PIS, de
seu seguro-desemprego, ou de seu fundo de garantia. São clientes que
trabalharam uma vida inteira, e hoje, aposentados, buscam crédito para a
aquisição de medicamentos. E todos são bem recebidos pelos empregados que fazem
a Caixa.
A
Caixa é uma empresa com 130 anos de existência, que soube se adaptar
às mudanças da história, que se adequou às transformações necessárias para sua
sobrevivência, sejam elas tecnológicas, de mercado, de gestão de pessoas ou de
gerenciamento. Mas também é uma empresa que traz em seu quadro funcional
empregados que buscam o aprimoramento nas relações para prestar, cada vez mais,
melhores serviços à população, empregados que acreditam no que fazem e que
sabem ter uma parcela de responsabilidade no desenvolvimento do País, do Estado
e da Cidade.
E
ao falar em cidade, remeto-me à cidade de Porto Alegre, em especial à Agência
Praça da Alfândega, que está completando os seus 130 anos de existência. A
Agência Praça da Alfândega que tem, hoje, um quadro de 75 empregados, além de
estagiários, menores do Programa Pequeno Aprendiz e todos os demais
colaboradores que fazem o dia-a-dia da agência. A Agência Praça da Alfândega
tem mais de 45 mil clientes e uma carteira comercial de 450 milhões em
depósito, e milhares de operações de penhor ativas. A Agência Praça da
Alfândega possui uma exuberante carteira de operações de crédito no segmento
empresarial e pessoa física. No financiamento habitacional, a Caixa tem sido
responsável por mais de 90% de todas as operações realizadas no mercado,
propiciando moradia digna aos
cidadãos porto-alegrenses.
Em Porto Alegre, em 2004, foram pagos 330 mil benefícios do
Bolsa Família além de mais de um milhão e 600 mil benefícios do Fundo de
Garantia, Seguro-Desemprego e PIS.
Mas a Caixa, senhoras e senhores, é muito mais do que isso;
a Caixa é cidadania, quando permite a milhões de pessoas a sua inserção no
sistema bancário pela conta simplificada Caixa Aqui, que, desde o seu
lançamento, em maio de 2003, até hoje, foram abertas mais de 2,8 milhões de
contas. Muitos desses correntistas conseguiram inclusive, também pela primeira
vez, receber crédito bancário pagando taxas de juros bastante inferiores
àquelas praticadas pelo mercado.
A Caixa é também geração de emprego e renda. Segundo o IBGE,
nos três primeiros trimestres de 2004, o setor da construção civil acumulou
alta de 5,9%; a fabricação de máquinas e equipamentos destinados a ele teve
expansão de 38% e, de janeiro a novembro, conforme dados do CAGED, gerou cerca
de 90 mil empregos formais, o melhor resultado em mais de uma década. Ou seja,
cresceram a produção, os investimentos e o emprego na construção civil. A
partir desses e de outros indicadores, as projeções são de que o setor tenha
encerrado 2004 com uma elevação entre 6,5 e 7% em relação ao ano anterior.
Porém,
mais importante que os números alcançados em 2004 são as perspectivas da
construção civil nos próximos anos. Somente a Caixa dispõe de 11 bilhões e 200
milhões de reais para crédito imobiliário em 2005. A esse valor somam-se mais
12 bilhões de reais que os demais bancos deverão ofertar a partir de recursos
captados via depósitos em poupança. Isso aponta para o maior valor já
disponível para o financiamento habitacional em um único ano, superior
inclusive aos observados no início da década de 1980, auge do Sistema
Financeiro de Habitação.
A Caixa também é cultura, quando lança o Programa Caixa de
Adoção de Entidades Culturais, de apoio a projetos de instituições culturais
abertas à comunidade, sem fins lucrativos, visando à promoção, preservação e
divulgação do patrimônio cultural brasileiro. O Programa conta hoje com
investimentos de cinco milhões de reais em recursos próprios para o ano de
2005. No País foram selecionadas 28 instituições, sendo uma em Porto Alegre. E
assinamos na sexta-feira, dia 6 de maio, um contrato com o Instituto Histórico
e Geográfico do Rio Grande do Sul para o repasse de cerca de 50 mil reais para
a recuperação e informatização do acervo da documentação de Borges de Medeiros.
Somente
no ano de 2004, patrocinamos, na cidade de Porto Alegre, eventos como a 50ª
Feira do Livro, o Porto Alegre em Cena e o Em Ceninha, a revitalização do
Mercado Público de Porto Alegre, entre outros. Esperamos, em 2006, inaugurar o
Conjunto Cultural da Caixa em Porto Alegre. O novo empreendimento será
instalado no Edifício Imperial-Guarani e fará parte do Corredor de Cultura de
Porto Alegre.
A
Caixa é também revitalização quando, através de empreendimentos no Programa de
Arrendamento Residencial - PAR -, restaura prédios em parceria com o Programa
Monumenta e a Prefeitura Municipal de Porto Alegre, e traz moradores para o
Centro da nossa Cidade.
A
Caixa é esporte. Patrocinadora oficial do atletismo brasileiro, a Caixa dá
exemplo de inclusão social ao investir numa modalidade esportiva democrática e
acessível a todos os cidadãos. Em 2005, o patrocínio à Confederação Brasileira
de Atletismo é de 7 milhões de reais, incluindo o apoio a nove Programas, além
do patrocínio exclusivo, como instituição financeira, dos Centros Nacionais de
Treinamento de Alto Nível em São Paulo, Porto Alegre, Presidente Pudente e São Caetano
do Sul.
Em
29 de maio, estaremos participando, pelo segundo ano consecutivo, da Maratona
de Porto Alegre. Essa aprova, agora faz parte do calendário de ações do
Município de Porto Alegre, agora faz parte também do calendário de eventos
esportivos nacionais que contam com o patrocínio da Caixa.
A
Caixa é sonho que se transforma em realidade. Ganhar uma fortuna e mudar de
vida é o sonho de milhões de brasileiros que, diariamente, procuram as casas
lotéricas e apostam nas Loterias da Caixa. Mas a Caixa também tem outros
números que premiam todo o Brasil a cada concurso: os repasses sociais das
Loterias da Caixa.
Quase
a metade do total arrecadado vai para programas sociais do Governo Federal. Em
2004, de uma arrecadação de 4,2 bilhões de reais, mais de 2 bilhões foram
destinados a áreas prioritárias do País, como a Seguridade Social, que recebeu
mais de 600 milhões, ou o Programa de Financiamento Estudantil - o FIES -, que
somente no ano de 2004 beneficiou mais de 270 mil estudantes universitários.
O
esporte também ganhou com as Loterias, mais de 220 milhões de reais foram
destinados à Secretaria Nacional de Esportes e aos Comitês Olímpico e
Paraolímpico Brasileiros. E o Fundo Nacional de Cultura recebeu mais de 100
milhões de reais, dentre outros repasses.
E,
por fim, quero dizer que a Caixa é futuro. Em artigo assinado pelo Presidente
da Caixa, Dr. Jorge Mattoso, se lê que, ao lançar, em julho de 2004, o Caixa
Internacional, abriu a acessibilidade de realização de remessas de valores para
o Brasil, inclusive com o objetivo de formar poupança, utilizando como
instrumento o cartão de crédito internacional e uma conta bancária na Caixa
aberta via Internet. Essa alternativa deu a opção para o emigrante enviar os
recursos pagando taxas bastante inferiores às até então praticadas no mercado e
saber de antemão por qual taxa de câmbio seu recurso seria convertido em reais.
No
final de março deste ano, representando uma segunda etapa da ação, a Caixa
estabeleceu parceria com o Banco Comercial Português, instituição que dispõe de
agências bancárias localizadas em regiões de grande concentração de brasileiros
nos Estados Unidos e Canadá. A parceria permite que os emigrantes residentes
nesses países passem a usar as agências do BCP para remeter dinheiro ao Brasil,
efetivar investimentos ou abrir contas bancárias pagando reduzidas taxas.
Tornar
mais acessíveis o crédito e os serviços financeiros, promover a inclusão
bancária e fomentar investimentos ajudam o País a consolidar uma trajetória de
desenvolvimento social e econômico. São esses os grandes objetivos que norteiam
as ações da Caixa no atual Governo. Faço das palavras do Dr. Jorge Mattoso as minhas palavras finais. Muito
obrigado. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Ao encerrarmos este espaço da presente
Sessão, queremos cumprimentar o Ver. Carlos Comassetto e cumprimentar aqui,
mais uma vez, o Sr. Valdemir Colla, Superintendente de Negócios da Caixa, bem
como o Sr. Ruben Danilo, Gerente de Mercado da Caixa Econômica Federal, as
demais autoridades da Caixa já nominadas, senhores e senhoras gerentes. Todos
já se manifestaram em nome da Casa. A Caixa tem uma história, tem um
patrimônio. Aos 130 anos, ela foi, inquestionavelmente, o instrumento indutor
do desenvolvimento do nosso Estado. Portanto, recebam as homenagens da Casa
pelo muito que a Caixa tem feito nos diferentes setores da Economia. Ela teve o
papel pioneiro na história do Rio Grande; foi uma instigadora das poupanças e
da pequena economia. A sua flexibilidade, já destacada nesta homenagem, permite
com que ela atenda aos mais diferentes setores da Economia, e em especial às
pequenas economias. Portanto, está de parabéns a Caixa e o seu quadro de
funcionários e funcionárias da melhor qualidade, e nós suspendemos a Sessão para
as despedidas.
(Suspendem-se
os trabalhos às 15h06min.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães -
15h10min): Estão
reabertos os trabalhos. Realizamos justa homenagem à Caixa Econômica Federal,
pelos seus 130 anos de bons serviços prestados ao Estado do Rio Grande do Sul.
A
Verª Margarete Moraes solicita Licença para Tratamento de Saúde no período de 9
a 10 do corrente.
(Obs.:
Foi apregoado Requerimento de licença da Verª Margarete Moraes e dada a posse
ao Suplente, conforme consta na Ata.)
O SR. RAUL CARRION (Requerimento): Exmo Presidente, Elói
Guimarães, acabo de despachar um Processo que me foi entregue, de uma decisão
da Mesa, de que o Plenarinho desta Casa, o Plenário Ana Terra, só será cedido
para as Comissões uma vez ao mês. Tendo em vista que amanhã já tenho uma
reunião marcada com diversas comunidades, manifesto a minha discordância, e
solicito uma reunião de Mesa e Lideranças para tratar dessa questão como
primeiro ponto de Pauta, e acho que devemos discutir isso de uma forma que,
incluso, abranja este Plenário e o Teatro Glênio Peres, porque, esse tratamento
isonômico para Comissões, que são diferentes, não é a verdadeira justiça. A
Comissão de Urbanização, Transporte e Habitação tem um diferencial, ela trata
com comunidades ameaçadas de despejo, problemas graves. Então, estou dizendo,
primeiro, que encaminhei o pedido para terça-feira, mas é necessário que haja
uma discussão mais aprofundada nesta Casa, e tenho certeza de que V. Exª, como
Presidente sensato, criará condições para que este debate ocorra de forma
adequada. Muito obrigado.
O SR. CLAUDIO SEBENELO: Sr. Presidente, a Comissão de Saúde tem
tido muitas dificuldades para conseguir o Plenário, que já foi reservado com
antecedência, lá no início do ano, por uma mesma Comissão e por um mesmo
Vereador, que praticamente tomou conta da Casa, e isso, então, cria um problema
sério e grave, e eu estou inclusive enviando Requerimento a V. Exª, reservando
o Plenarinho para o Movimento contra a Violência. Eu sei que há problemas
graves de superlotação e pelo número grande de pedidos, mas peço a sua
compreensão e, mais uma vez, a sua boa vontade mostrada já em outros episódios
anteriores, em que V. Exª resolveu com celeridade e com muito oportunismo, no
melhor sentido da palavra, as situações, às vezes delicadas, que a gente tem de
enfrentar quando o plenário está superlotado.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Sou grato a V. Exª pela manifestação. Eu
diria ao Ver. Raul Carrion que não vamos polemizar; a reunião que V. Exª, Ver.
Raul Carrion, agendou para amanhã vai sair, inquestionavelmente. Agora, a
questão é que nós estamos tentando democratizar os espaços e as oportunidades,
essa é a questão básica. Há normas que regem o Plenário Otávio Rocha, que regem
o Ana Terra. Então, a questão toda, no fundo, é exatamente democratizar,
permitir que todas as Comissões tenham tratamento isonômico, porque, do
contrário, nós estaremos privilegiando essa ou aquela Comissão da Casa. Mas V.
Exª requereu uma reunião da Mesa com as Lideranças, e eu acho ótimo para discutir-se
o assunto.
O SR. RAUL CARRION: Perfeito, assim encontraremos
alternativas. Eu não me recuso a reunir aqui no saguão, desde que haja
cadeiras, mas não posso deixar as pessoas numa sala que foi feita para acomodar
20 pessoas, colocando nela cem pessoas. Então, nós vamos ter de encontrar uma
maneira, caso contrário a gente vai ter de se reunir no pátio, em algum lugar
nós vamos nos reunir, porque as comunidades têm direito de estar aqui.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Eu não gostaria que V. Exª utilizasse a
terminologia “no pátio, aqui ou acolá”, porque não faz jus ao espírito que tem
orientado as decisões desta Casa. Nós temos criado todas as condições para que
a Casa tenha, pelos seus instrumentos, a plenitude da sua ação, mas
evidentemente nós temos de adotar o critério da isonomia.
O
Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra em Comunicações, por cedência de
tempo do Ver. Ibsen Pinheiro.
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães, Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, ocupo este espaço para agradecer a compreensão dos
colegas Vereadores, porque, na semana que passou, tivemos aqui aprovado o nosso
Requerimento para que a Sessão do dia 19 de setembro ocorra lá no Parque
Maurício Sirotsky Sobrinho, mais conhecido como Parque da Harmonia. Com isso
tenho certeza de que nós estaremos dando uma atenção toda especial aos
participantes do Movimento Tradicionalista Gaúcho e à comunidade que lá vai
estar nesse dia, visitando esse evento que acontece todos os anos na Semana Farroupilha.
É a primeira vez que esta Casa se desloca lá para o Parque e tenho certeza de
que os Vereadores lá se sentirão à vontade, porque os tradicionalistas nos
receberão de braços abertos; eles vêm buscando, há muito tempo, um espaço, e
nós estamos dando o início para que ocorra esse espaço que eles vêm buscando e
que tanto merecem.
O
Movimento Tradicionalista, Srs. Vereadores, tem buscado, ao longo dos anos, uma
atenção um pouco maior da Prefeitura, enfim, do Executivo, principalmente
durante a Semana Farroupilha, que é um espaço que não tem sido a contento, até
por falta de recurso. Recurso exíguo e sabemos que é possível a Prefeitura
dedicar um pouco mais, nesse sentido, ao Movimento, que é tão importante para
nós aqui do Rio Grande do Sul, para nós aqui de Porto Alegre. Movimento esse
que se estende ao mundo.
O
Movimento Tradicionalista Gaúcho leva a mensagem dos gaúchos ao mundo inteiro;
acho que chegou a hora de nós fazermos esse reconhecimento. E no dia 19 de
setembro, esse ato, esse gesto de estarmos lá, certamente dará início ao
reconhecimento da nossa cultura e daqueles que militam e lá nos representam, e
muito bem nos defendem em termos de cultura tradicional.
Também
quero aproveitar a oportunidade de dizer que tivemos um Requerimento nosso
aprovado nesta Casa, neste ano de 2005, o ano do aniversário do nosso escritor
Érico Veríssimo, ano do seu centenário. Esta Casa muito bem atendeu ao nosso
pedido e, por unanimidade, votou esse Requerimento; fico muito grato por isso.
O Sr. Ervino Besson: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Ver. Bernardino, eu quero saudar e parabenizar a sua idéia. Eu acho
que só há um evento que consegue atrair mais público do que a Semana
Farroupilha que é a nossa Expointer, portanto é brilhante a sua idéia. Estaremos
lá e, sem dúvida nenhuma, a Câmara será reconhecida. Nós nos deslocaremos para
lá para prestar essa homenagem ao nosso tradicionalismo, à nossa cultura,
engrandecendo cada vez mais o nosso Rio Grande do Sul. Muito obrigado,
Vereador.
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Obrigado, Vereador. Eu tenho certeza de
que todos nós, Vereadores, lá vamos receber a homenagem desses tradicionalistas
e das pessoas que vão estar lá no dia visitando o Parque da Harmonia. Obrigado,
Sr. Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. José Ismael Heinen está com a
palavra em Comunicações.
O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Excelentíssimo Sr. Presidente desta Casa,
Ver. Elói Guimarães, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, ao utilizar
esta tribuna, na data de hoje, cumpre a mim, em nome da família militar e dos
ex-combatentes das Forças Armadas Nacionais, participantes da 2ª Guerra
Mundial, agradecer pelo tratamento dado por esta Casa durante a Sessão Solene
da última sexta-feira, que homenageou o Dia da Vitória e a Campanha da FEB na
2ª Guerra Mundial. Dedico os meus especiais agradecimentos ao ínclito
Presidente desta Casa Legislativa, extensivos aos nobres Vereadores que
estiveram presentes, e também aos colegas que fizeram uso da palavra para abrilhantar
a cerimônia.
Assim
como nós, o mundo inteiro, neste final de semana, rendeu suas homenagens aos
participantes da 2ª Guerra, lembrando os vivos e os mortos, civis e militares,
homens e mulheres que protagonizaram o triunfo da democracia no mundo.
Ainda
que a guerra não seja desejável, é necessário que tenhamos os seus fatos
próximos de nós, que revivamos os seus feitos, suas mazelas, para distanciarmos
cada vez mais uma 3ª Guerra Mundial. Esqueçamos, isso sim, as bombas nucleares
e os holocaustos.
Definitivamente,
essa guerra, embora atroz, por suas vítimas, é fonte de inspiração para o
ideário da liberdade e da democracia. Mas relembrar nossos feitos gloriosos não
possuiria qualquer sentido se encarados como fim último; contrário disso, não
passariam de narcisismos ufanistas, ainda que tenhamos argumentos para tal.
Se
lembramos e reverenciamos a memória da Guerra e de seus combatentes, isso se
dá, primeiramente, porque admiramos seu elevado sentimento de amor à Pátria em
um momento em que ela exige diversos sacrifícios, e, secundariamente, porém não
menos importante, porque precisamos lembrar que a manutenção da democracia
exige que travemos muitas guerras particulares, que estejamos sempre
vigilantes, pois muitos são os seus algozes, muitas são as ameaças veladas ou
explícitas à sua preponderância.
Essa
batalha cotidiana, essa cruzada do homem moderno, que consiste em viver em
sociedade, tentando equilibrar interesses particulares e comuns, promover o bem
de todos e o de cada indivíduo, assegurar que a liberdade de uns não traga
prejuízo aos demais é, hoje em dia, muito mais interna do que fora o episódio
mundial, supramencionado. Zelar pela paz social, pelo equilíbrio das
instituições democráticas, pelo Estado de Direito exige denodo, participação e
responsabilidade.
Todos
os dias, em nosso agitado mundo político, a democracia é alvo de ataques,
alguns velados, outros vergonhosamente escancarados. Dentre eles, cito: a
avalanche de Medidas Provisórias, que tem conferido ao Poder Executivo da União
tarefa destoante da que a Constituição lhe assegurou.
O
Governo dispensa tratamento diferenciado para apurar o escândalo da freira, a
Irmã Dorothy e, no entanto, o caso Carlos Cachoeira e Valdomiro Diniz
esgueira-se por sendas escuras costuradas no conglomerado de interesses
pessoais em que se transformou a base de apoio; e assim prosseguirá, até que o
esquecimento venha a lhe dar a propositada redenção. No desfile dos Ministros,
sejam gregos ou troianos - afinal, o Governo pretende contemplar a todos com as
benesses e cargos de que dispõe -, um Ministro promete o que os outros não
podem ou não pretendem cumprir.
Os
descalabros são vários e nos distanciam tanto da almejada justiça social que
recente pesquisa feita com os latino-americanos demonstra que 55% preferem a
satisfação das necessidades básicas, sem se importar com o regime em que vivem;
somente 42% preferem a democracia, indiferente às demais circunstâncias; e os
restantes 3% não opinaram. Os percentuais se repetem, inclusive - para os que
possam duvidar dos resultados - em ambientes acadêmicos.
Fatos
como estes é que se caracterizam perniciosos e fatais, porque se o preço da
democracia for o sacrifício de muitos para o favorecimento de uns poucos,
então, o que resta ao homem comum, ao pai de família?
A
responsabilidade é nossa, do conjunto das forças sociais, dos poderes
constituídos para a representação popular em tencionar para o fortalecimento da
nossa anêmica democracia, que é o diagnóstico do regime de governo que não
produz justiça social para os seus cidadãos, que não mantém a relação
equilibrada entre seus Poderes e não fortalece suas instituições.
Prova desse desrespeito é
o modo como está sendo tratado o aumento prometido aos militares, no ano
transcurso, pelo Ministro José Viegas. Credores de um aumento negociado com o
Governo, perfazendo um total de 33%, em que pese já contabilizarem uma perda de
102% no poder aquisitivo do soldo, destes, apenas 10% foram pagos no ano
passado; o restante está sendo tratado com “carinho” pelo Governo - palavras do
próprio Presidente da República e repetidas pelo Ministro da Defesa José
Alencar -, enquanto setores responsáveis pelo Governo comentam que não há
dotação orçamentária para o cumprimento do acordado.
Mulheres
de militares estão fazendo manifestações em Brasília, cuja culminância ocorreu
no Dia do Exército, 19 de abril. Desde então, mais e mais mulheres de
militares, incluindo as gaúchas, estão-se mobilizando para protestar contra o
descaso no cumprimento da lei, o descaso com a categoria dos militares, e o
descaso na previsão orçamentária do Governo, além de outros equívocos
históricos para com esta categoria.
E,
aqui em Porto Alegre, não seria diferente se não houvesse um porém: a atual
Administração é radicalmente contra a implementação e a implantação deste
Projeto. Para nossa surpresa - de nós, que promovemos o debate sob a
presidência do Ver. Ervino Besson, que
estava também na audiência da Comissão -, o representante da Secretaria da
Saúde, o Dr. Raul Martins, confirmou, deliberadamente, naquele dia, que não
haverá a implantação desse programa na cidade de Porto Alegre.
E,
pasmem, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, este projeto, este
programa, com termo de aditivo de compromisso entre a Secretaria da Saúde do
Município de Porto Alegre, o Ministério da Saúde e o Grupo Hospitalar
Conceição, para a implementação da primeira farmácia popular na cidade de Porto
Alegre, realizado no final da nossa Administração, este conveniamento está
sendo recusado pelo atual representante da Secretaria como importante projeto.
Já
foram repassados para o Município 50 mil reais, que é o valor para a
implantação desse Programa, Dr. Sebenelo, que é da área, mais 10 mil reais,
para manutenção, ou seja, para despesas com aluguel, com infra-estrutura
necessária, mensal, para este
projeto.
Qual
foi a nossa surpresa, então, que a deliberação da Secretaria é pela não-
implementação! E, mais ainda, pela devolução do convênio! Porto Alegre irá
devolver o dinheiro já recebido, em janeiro, para a implantação da farmácia
popular aqui na nossa Cidade.
Ora,
onde nós estamos? Um Governo que devolve dinheiro para o Ministério da Saúde
porque não tem vontade política para implementar um projeto que está dando
certo em 39 cidades no nosso País!
A
alegação é de que o SUS é universal. Ora, senhoras e senhores! Não deixará de
ser atendida aquela população que não pode comprar a medicação. Quem não pode
comprar medicação, usa a do SUS, e, aí, as farmácias populares, nos projetos do
SUS, terão a medicação gratuita.
Agora,
quem pode disponibilizar de um recurso para comprar a sua própria medicação a
um baixo valor, porque nós estaremos privando essas pessoas? Se você pode
comprar um remédio que custa R$ 10,00, pagando por ele R$ 2,00, por que então,
Sr. Prefeito, não implementar este projeto na cidade de Porto Alegre? Eu quero
respostas para esta questão.
Inclusive,
já conversei com a Líder do Governo sobre esta questão, porque sinto que há um
grande equívoco do representante da Secretaria da Saúde. Eu sinto, também, que
essa certamente não deve ser a posição do Prefeito de Porto Alegre. Aliás, não
havia representante do Gabinete do Prefeito nessa nossa reunião de sexta-feira,
lamentavelmente. Faço, aqui, um apelo à Líder do Governo e ao próprio Prefeito
Fogaça que, no seu programa de governo, de campanha, colocava ser favorável à
implementação de projetos como este da farmácia popular, sob pena de responder
publicamente para as pessoas, para os homens e para as mulheres de Porto
Alegre, por que não cumprir com o seu programa de governo, por que ter de
devolver sessenta mil reais ao Ministério da Saúde, não querendo implementar um
projeto que está dando certo em 39 cidades do nosso País? Muito obrigada, Sr.
Presidente.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): A Verª Maristela Meneghetti está com a
palavra em Comunicações.
A SRA. MARISTELA MENEGHETTI: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães, Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores e demais presentes, este pronunciamento tem por
objetivo chamar a atenção para o nosso papel, principalmente como cidadãos,
companheiros de nossos eleitores, na vivência dos problemas cotidianos, comuns
a todos os centros urbanos como este no qual vivemos e atuamos. A nossa
exposição refere-se a um assunto que considero da maior relevância. Trata-se do
descaso do Executivo Municipal com a questão do trânsito, em especial à
instalação de sinaleiras, lombadas eletrônicas, protetores nas calçadas, e,
principalmente, fiscalização. Refiro-me à questão, tomando por base diversas
reclamações encaminhadas ao meu gabinete, referentes à falta de sinaleiras e
protetores nas calçadas em locais de extrema necessidade.
Tomarei
como exemplo um pedido de socorro - digo socorro, pois a situação é delicada.
Na data do dia quatro de abril, recebemos um e-mail partindo de um pai de um
estudante do Instituto São Francisco, localizado na Av. Baltazar de Oliveira
Garcia, no Bairro Rubem Berta. Na correspondência, esse pai relatava que a
situação do trânsito, ao redor da escola, estaria beirando o caos. Os
motoristas não respeitam a sinaleira, estacionam seus veículos sobre a calçada,
e freqüentemente atropelam os cones de sinalização. Esses inconvenientes
submetem os alunos a riscos graves, tendo em vista que os estudantes são
forçados a trafegar pela referida Av. Baltazar de Oliveira Garcia, em horário
de pico, pondo em risco a vida dessas crianças. Também nos foi relatado por
esse senhor que a Empresa Pública de Transporte e Circulação já havia sido
acionada diversas vezes, entretanto a resposta obtida foi que a dita Empresa
disponibilizaria um agente de fiscalização para o local nos horários de maior
movimento, todavia essa informação não procede, pois a situação continua a
mesma.
Tendo
em vista o caso, encaminhamos ao Executivo Municipal um Pedido de Providências,
do qual ainda não obtivemos resposta oficial. Muito nos admira essa situação,
já que no dia 13 de abril de 2005, o Diretor de Transporte e Circulação da
EPTC, Sr. Govinatzki, afirmou ao Jornal Correio do Povo que as ruas e avenidas
de maior movimento de nossa Capital teriam sensores eletrônicos para medir o
fluxo de veículos, o que proporcionaria à EPTC alterar a sincronia das
sinaleiras de acordo com a necessidade do local. Mas, infelizmente, nenhuma
atitude concreta foi executada.
Dando
prosseguimento, no dia 24 de abril do corrente ano, ainda no mesmo jornal
Correio do Povo, o Sr. José Govinatzki, respondendo a uma pergunta de um leitor
informou que para que haja instalação de semáforos na Cidade, deve haver um
estudo técnico referente ao volume de tráfego e registro de acidentes.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Vereadora, seu tempo está encerrado.
A SRA. MARISTELA MENEGHETTI: Eu gostaria de usar o meu tempo de
Liderança, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): V. Exª continua com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
A SRA. MARISTELA MENEGHETTI: Obrigada. Ao analisarmos com seriedade
esta questão, chegaremos à conclusão de que todos nós, Vereadores, somos, antes
de tudo, mães, pais, tios, avós, ou seja, cidadãos comuns, ou ainda, sim,
possuímos um vínculo familiar com alguém muito importante em nossas vidas.
Quando há essa ligação, procuramos oferecer o que de melhor há para os nossos
familiares. E por isso, quando escolhemos uma instituição de ensino, queremos
que ela ofereça um bom conteúdo pedagógico. Mas, além disso, almejamos também
segurança. Esse nosso zelo devemos estender à população porto-alegrense, que
nos confiou este mandato representativo.
Dessa
forma devemos, no exercício de nossas atribuições, garantir que todas as
crianças deste Município retornem às suas casas em segurança. E, somando-se a
isso, é nossa obrigação, como legisladores, cobrar dos órgãos competentes um
maior empenho no que diz respeito ao trânsito.
Encerro
este pronunciamento com a convicção de que nenhum de nós gostaria de abrir o
jornal e deparar com o informe de atropelamento de crianças próximo a alguma
escola. Muito obrigada. (Palmas.)
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Apregoamos a retirada de tramitação da
Ordem do Dia do PR nº 042/05, de autoria do Ver. Raul Carrion, nos termos do
art. 81 da LOM.
Apregoamos,
também, a Exposição de Motivos referente ao PR nº 89/05, de autoria deste
Vereador, que concede troféu Honra ao Mérito ao General-de-Exército Renato
César Tibau da Costa.
Passamos
ao
O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra em Grande
Expediente.
O SR. CARLOS TODESCHINI: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, telespectadores do Canal 16 e público presente na Casa, hoje o
assunto que me traz à tribuna em Grande Expediente é novamente a questão da
Segurança Pública. Nós temos visto, ouvido e observado, infelizmente, numa
grande escalada de ascensão o aumento da insegurança e da violência em todos os
níveis.
E
é isso que nós pretendemos, neste espaço, pautar, debater e trazer aqui também
contribuições a fim de que possamos também produzir uma pauta que vá ao
encontro dos interesses da nossa comunidade.
Historicamente,
a Segurança Pública não é tratada como prioridade pelos Governos Estadual e
Municipal, tendo como o maior sintoma, a falta de peça orçamentária anual, que
inclua rubrica específica para investimentos em Segurança Pública. Isso leva à
carência de efetivos, à falta de equipamentos e aos baixos salários dos agentes
de Segurança. Os resultados práticos são o comprometimento da eficiência dos
serviços prestados, tão sentidos pela população de Porto Alegre.
Paralelamente,
em nenhum momento a Constituição Estadual e suas Leis Complementares fazem
alusão à necessidade de organização e integração dos serviços de Segurança.
A
atuação compartimentada das estruturas dos órgãos de Segurança, o fato de as
áreas de responsabilidade apresentarem regionalizações diferentes, ensejam a
fragmentação e o comprometimento diário dos serviços prestados.
Para corrigirmos o sistema vigente, dentro do princípio
constitucional de que a Segurança é responsabilidade de todos, Executivo,
Legislativo, Judiciário e Ministério Público, em todas as suas esferas -
Municipal, Estadual e Federal - e organizações da sociedade civil, apresentamos
à Câmara de Porto Alegre um Projeto de Lei de nossa autoria, dispondo sobre a
organização, a integração de serviços públicos de Segurança municipal, por meio
das Áreas Integradas de Segurança Pública, as chamadas AISPs
Esse
é o primeiro passo na direção de haver previsão séria e responsável de rubricas
fixas de investimentos na área de Segurança Pública.
O
Projeto de Lei apresentado é inovador e dialoga com a política de Segurança
pública do Governo Lula, buscando, concretamente, a diminuição da violência e
da criminalidade em nossa Cidade.
Áreas
Integradas de Segurança Pública, AISPs, significam uma nova forma de
organização e de integração dos serviços de segurança em Porto Alegre. Através
da implantação de unidades descentralizadas de planejamento, com as funções de
controle, supervisão, avaliação e monitoramento corretivo das atividades de
segurança pública, busca-se aprimorar uma rede de procedimentos e mecanismos
que envolvam o rigor na produção de dados e o planejamento das ações de
segurança que garantam o controle da comunidade.
Essas
ações dividem-se: 1) Centro de Referência de Segurança Urbana: A partir do
funcionamento de uma coordenadoria regional, com estrutura física e humana
necessária, onde será organizado o planejamento das ações de Segurança Pública
nas AISPs; 2) Banco de Dados de Segurança: Garantir, em cada Centro de
Referência, a implantação de uma central regional de banco de dados de
segurança, como forma de disponibilizar indicadores sociais e policiais por
AISPs. Assim, o sistema atual de Segurança Pública será substituído por um
sistema integrado e inteligente, com memória, história e capacidade de aprender
com os próprios erros, corrigindo-se constantemente; 3) Ouvidoria Comunitária:
Garantir, em cada Centro de Referência, a implantação de uma Ouvidoria
Comunitária, como forma de disponibilizar aos cidadãos um local confiável para
receber informações confidenciais. A Ouvidoria Comunitária será coordenada e
composta, exclusivamente, por agentes de direitos humanos, sempre indicados de
comum acordo pelo Fórum Regional, Conselho Municipal de Justiça e Segurança e
Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Segurança Urbana. As informações
recebidas serão disponibilizadas aos órgãos policiais e Ministério Público,
seguindo critérios que permitam total segurança aos cidadãos cooperante; 4)
Fórum Regional de Justiça e Segurança: Garantir, em cada Centro de Referência,
espaço físico para o funcionamento do Fórum Regional de Justiça e Segurança. O
Fórum Regional é órgão deliberativo, consultivo, fiscalizador, com caráter
propositivo e avaliador em relação às políticas públicas de Segurança e de
Justiça, realizadas no âmbito da região. É função do Fórum Regional estimular a
criação dos Conselhos Comunitários de Justiça e Segurança nos bairros e nas
vilas da região; 5) Programa para a Juventude: Garantir, em cada Centro de
Referência, a criação de um Programa para a Juventude. A partir do conceito de
segurança cidadã, é preciso olhar com mais atenção para o universo crescente de
jovens em situação de risco social e pessoal. É preciso, pois, resgatar esses
jovens, oferecendo-lhes mais oportunidades de profissionalização, trabalho,
lazer e vida digna.
Nós
não podemos continuar, todos os dias, convivendo não apenas com manchetes,
porque as manchetes são reduzidas perto daquilo do que é a vida dura, real nas
vilas, nos bairros, em todos os lugares, no Centro da Cidade. Nós tivemos, na
sexta-feira - não na última, na anterior -, dois tiroteios, às 15 horas, na
Praça da Alfândega, demonstrando o total desgoverno que tem o Governo do Estado
e a total despreocupação que ainda tem o Prefeito em relação às necessárias e
urgentes ações a serem tomadas, a serem implementadas para que a nossa
população tenha segurança, para que a nossa população tenha, enfim, um pouco
mais de tranqüilidade.
Eu
tenho aqui algumas manchetes que dizem o seguinte - e isso é um espelho que
demonstra o atual fracasso da Segurança Pública no Governo do Estado - (Lê.):
“Latrocínios crescem 150% na Capital”; “Deputado é vítima de assalto” - isso,
do dia 06 de maio, agora. E do dia de ontem: “Segurança mobiliza municípios”. E
diz o seguinte (Lê.): “Prefeitos debatem alternativas para o enfrentamento da
onda de violência que atinge o Estado”. Um programa, sem dúvida, não menor, que
precisa ser enfrentado por todos.
A Srª Manuela d’Ávila: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Querido Ver. Todeschini, eu fiquei muito feliz em ouvir a sua
manifestação, porque pensava, neste final de semana, quantas questões de
segurança aparecem, ultimamente, desvinculadas das questões do Governo,
diferente do que enfrentávamos no período do Governo Olívio. E chamou-me a
atenção esta matéria, também uma manchete, da gangue que vive no buraco e dos
assaltos que são cometidos sucessivamente na frente da escola mais tradicional
da nossa Cidade, a Escola Júlio de Castilhos, do nosso querido “Julinho”, onde
os jovens, além de serem assaltados, ainda estão submetidos diariamente ao
tráfico de drogas na sua frente. Então, nós esperamos providências da Brigada
Militar do nosso Estado com relação a essa gangue e com relação à segurança dos
nossos estudantes. E somos solidários ao seu Projeto, porque sabemos que a
questão da Segurança Pública é antiga, mas também não admitimos que ela seja,
ora tratada como problema de Governo, ora tratada como um problema social, como
os meios de comunicação vêm fazendo constantemente. Obrigada.
O SR. CARLOS TODESCHINI: Obrigado, Verª Manuela.
E,
para concluir, Sr. Presidente, eu protocolei aqui nesta Casa, também, um
Projeto propondo a instalação de uma Comissão Especial de Segurança Pública,
que eu sei que não está tendo o devido andamento nas Comissões. Mas eu estou-me
reunindo com muitas pessoas da comunidade. Noutro dia, no Parque Madepinho, 300
pessoas da comunidade se reuniram para discutir o assunto. E isso está
acontecendo em muitos outros lugares. Parece que esta Casa não quer ser
sensível ao tema. Eu sugiro que esta Casa seja sensível a esse tema, Ver.
Ismael - eu sei que V. Exª está com o Relatório referente ao Projeto -, que
esta Casa trate de olhar de frente para o problema, porque todos sabem a
gravidade, a envergadura e o desafio que é a questão da Segurança Pública. E
todos sabem do calcanhar-de-aquiles que tem o Governo do Estado do Rio Grande
do Sul - principal responsável pela Segurança Pública - em não conseguir
resolver, minimamente, esse problema. Aqueles que tanto atacaram o Governo
Olívio, classificando-o, dentre outras coisas, de incapaz de resolver o
problema da Segurança Pública, agora não são capazes de manter o mínimo de
eficácia para proteger a nossa população dos desmandos da insegurança, da violência,
de todos esses atos que todos nós, cotidianamente, sofremos. Obrigado, Sr.
Presidente, obrigado a todos os Srs. Vereadores e a todos os telespectadores.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): O Ver. Ervino Besson está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. ERVINO BESSON: Meu caro Ver. João Carlos Nedel,
presidindo a Sessão neste momento, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores,
senhoras e senhores que nos acompanham nas galerias, bem como pela TVCâmara, eu
quero saudar a todos.
No
meu último pronunciamento, eu também falei sobre a questão da Segurança, bem
como sobre a criação, depois de muitos anos de estudos, dos Conselhos
Municipais de Segurança Pública e de Fóruns Regionais - em que o problema da
segurança é profundamente discutido -, e eu estou vendo o quanto eu acertei em
criar essa idéia. Hoje, eu vejo que a própria Brigada Militar, a própria
Secretaria Municipal e Estadual estão adotando esse sistema da criação desses
Conselhos para nós discutirmos, junto com a comunidade, o problema da
Segurança.
Na
sexta-feira, eu protocolei um Pedido de Informações para saber quantos crimes
foram praticados por pessoas que se encontram em regime semi-aberto e por
pessoas que se encontram em liberdade condicional nos últimos dois anos. Por
que eu protocolei esse pedido? Para que nós possamos ter uma noção de que a
maioria desses crimes bárbaros que acontecem na nossa Cidade - não só aqui na
Cidade, mas no nosso Estado - são cometidos por pessoas condenadas que estão em
regime semi-aberto ou em liberdade condicional. Eu disse naquele momento que
alguém, um dia, vai ter que explicar isso para a nossa população, para a nossa
comunidade. Não é este Vereadores, mas, sim, as pessoas e as entidades que têm
a competência, Ver. João Antonio Dib, que terão de ir lá e explicar para a
nossa comunidade como é que são avaliadas essas pessoas que são colocadas em
regime semi-aberto e em liberdade condicional.
E
tenho hoje, lendo reportagem na página 18 do jornal Correio do Povo, a certeza
da minha idéia (Lê.): “Semi-aberto é escola do crime. ‘O regime semi-aberto do
Estado é hoje uma escola do crime’, definiu o Promotor Gilmar Bortolotto, da
Promotoria Especializada Criminal (PEC) do Ministério Público. Ele fará
palestra hoje, às 20h, no Ritter Hotel, no evento que vai discutir a Segurança
Pública no RS. ‘Não há gerenciamento ou projeto efetivo para o sistema penal,
que é uma questão primária, e toda a sugestão ou opinião sobre o tema é alvo da
desconfiança e de reticências do Estado’, afirmou o Promotor, há dez anos
visitando casas prisionais e acompanhando o que ele chama de ‘revolução muda’.
Para Bortolotto, o regime semi-aberto é o que mais assusta, pois, ao deixarem
presídios de regime fechado, detentos de alta periculosidade se agrupam no
semi-aberto e criam comandos paralelos. ‘Apenas em 2004 tivemos mais de quatro
mil fugas do semi-aberto e mil recapturas em flagrante’, exemplificou o
Promotor.”
Então,
vejam V. Exas a situação, hoje, com a qual o nosso povo tem de
conviver: a insegurança que nós vivemos nos dias de hoje.
Portanto,
mais uma vez eu me convenço que acertei quando
apresentei o Projeto, aqui na Casa, que hoje é Lei - da criação dos Conselhos
Municipais e Fóruns Municipais de Segurança Pública desta Cidade, para que
alguém explique isto à população: o nosso Poder Judiciário, a nossa Secretaria
de Segurança Pública, que também deverá se manifestar, porque é o momento em
que nossos órgãos têm condições de discutir junto com a comunidade, frente a
frente, olho no olho, para que eles possam ouvir o que as comunidades pensam,
como a comunidade vai se dispor a colaborar, para que tenhamos maior segurança.
Portanto,
meu caro Presidente, Ver. Elói Guimarães, estou vendo que a idéia do meu
Projeto está sendo aceita e sendo colocada para que os nossos órgãos também
sigam nessa linha e tenham condições de ir às comunidades para que nos possamos
abrir essa discussão; uma ampla discussão com o objetivo de amenizar esse medo
que o nosso povo vive nos dias de hoje - esse medo, essa intranqüilidade.
Portanto,
estou aqui vendo, como já disse, essa manifestação do jornal Correio do Povo. O
jornal Zero Hora também publicou uma matéria mais ou menos nessa linha. Então,
vamos fazer aqui a nossa parte como Vereadores e Vereadoras desta Casa. Muito
obrigado, Sr. Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): A Verª Manuela d'Ávila está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
A SRA. MANUELA D'ÁVILA: Sr. Presidente, Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, primeiramente, eu gostaria de fazer dois registros
que acredito serem importantes. O primeiro deles é que encaminhei uma série de
Pedidos de Informações para diversos órgãos da Prefeitura Municipal de Porto
Alegre e não obtive resposta da maior parte desses Pedidos no prazo regimental.
Fico surpresa, Verª Neuza, porque acredito que esse é um dos instrumentos
legítimos que o Vereador tem para se instrumentalizar de maneira correta, se
apropriar, no sentido público, das informações da Prefeitura do nosso
Município, da estrutura dessa Prefeitura, de algumas informações que são
relevantes, inclusive para se formular projetos da melhor maneira possível.
Então, registro isto, vou tomar as providências cabíveis, porque já se passaram
mais de dois meses de alguns desses pedidos, e ainda não obtive as respostas, o
que me deixa bastante assustada, porque, com cinco meses de Governo, acredito
que o Secretário, ou os responsáveis já tenham a capacidade de me fornecer
informações simples para que eu possa, como Vereadora de primeiro mandato, criar
os projetos e ações em cima da realidade da nossa Capital.
O
segundo deles é que fiquei bastante surpresa pelo fato de a Mesa Diretora desta
Casa ter indeferido o pedido que nós havíamos feito na Comissão de Educação,
Cultura e Esporte, de uso deste plenário para seminários de assuntos relevantes
para a Comissão de Educação. Nós temos tido um trabalho essencialmente técnico
e temos conseguido aglutinar pautas de interesse do Município para esses
debates. Eu não acredito que seja vontade desta Casa simplesmente cortar a
alternativa de que a nossa população possa vir a debater. Esta é ou não é a
Casa do Povo? Nós queremos que este plenário seja um espaço para a nossa
população debater questões relevantes. E, com essa postura, com essa
manifestação da Mesa Diretora, nos vemos impossibilitados de aglutinar pessoas
para debatermos os temas relevantes, como a Educação e o sistema de ciclos,
como a reforma universitária, dentre outros temas que queremos debater com mais
pessoas, além dos Parlamentares que compõem essa Comissão.
Eu
também gostaria de tecer breves comentários às notícias da maior parte dos
jornais deste País, que, no final de semana e no dia de hoje, tocam sobre a
questão do Governo Federal, mais precisamente a respeito da questão da saída ou
permanência do Ministro Aldo Rebelo, da Secretaria da Coordenação Política, do
Partido Comunista do Brasil, meu Partido. Eu fico surpresa, não pelo debate ou
pela constante “fritura” que sofre o camarada Aldo nos processos de discussão
da reforma ministerial e com a alegação da sua incapacidade de articular
politicamente; fico surpresa, porque dois anos e meio passados do início deste
Governo Federal, eu sinceramente acreditava que alguns companheiros tivessem
compreendido mais o cerne do problema.
O
nosso Partido trabalha na defesa das mudanças do nosso País com o Governo Lula.
Nós sabemos da necessidade de, cada vez mais, ampliarmos as alianças, não com
práticas fisiológicas, mas construindo, de fato e de verdade, um Governo de
coalizão, um Governo administrado do por vários Partidos; partidos que assumam
o compromisso com a mudança neste País. E fiquei chocada, para não usar algum
termo mais pejorativo, com a fala do Deputado Zimerman, da Democracia
Socialista, ao afirmar que o Ministro Aldo Rebelo é incompetente. O debate que
fazemos hoje, neste Governo Federal, é o de conseguirmos aglutinar mais
partidos e de, justamente, o núcleo central deste Governo, dirigido pelo
Presidente Lula, pelo Partido dos Trabalhadores, pelos Partidos de esquerda,
compreender que devemos envolver outros setores.
Nós
gostaríamos de reafirmar a posição do PCdoB: nós acreditamos num Governo de
coalizão, num Governo que se una para transformar este País. E nós não
admitimos que, a cada novo problema enfrentado por este Governo e pelos seus
aliados, o peso recaia sobre os aliados. Nós devemos rever posturas políticas
do Governo, que passam por esse núcleo duro, que passam, inclusive, por
Deputados, como esse que eu mencionei, que não respeitam o Governo, que não
votam com o Governo e que, em determinadas ocasiões, querem responsabilizar
quem não pode ser responsabilizado, porque incompetente, na minha opinião, é
quem não consegue aglutinar nem a base aliada numa candidatura própria no seu
Município de origem. Muito obrigada.
(Não
revisado pela oradora.).
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. João Antonio Dib está com a
palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, é preciso ter muita paciência para, num dia como
hoje, ficar ouvindo falar em segurança, falar em seguir a política de segurança
do Presidente Lula; o Presidente Lula, que colocou como Secretário de Segurança
Nacional, o Sr. Luiz Eduardo Soares. Ele teve muita segurança, nomeou a esposa,
nomeou a ex-esposa e, de repente, teve tanta crítica em torno dele, que ele
também foi embora. É o mesmo Luiz Eduardo Soares que veio a Porto Alegre para
traçar uma política de segurança no Governo do Dr. Tarso Fernando Genro. Eu
estou procurando essa política de segurança traçada pelo Sr. Luiz Eduardo
Soares. Ele recebeu o seu salário religiosamente e não teve nenhuma preocupação
em fazer a Cidade mais segura. É claro que nós estamos com falta de segurança;
é claro que nós vivemos problemas muito sérios, mas também é claro que o
Governo do Estado recebeu uma herança muito triste. E o Governador foi muito
gentil - não deveria ter sido - em não mencionar, no início da administração,
todas as coisas más que ficaram para o Governo do Sr. Germano Rigotto: a falta
de dinheiro, os débitos, a falta de organização, a desestruturação; e também
por terem jogado um policial contra o outro; o brigadiano contra o policial
civil; o policial civil contra policial civil, colocando defeitos
generalizadamente sem dizer em quem. Assim foi feita a política de segurança.
Agora,
no Município de Porto Alegre, não querer reconhecer que estão procurando
resolver problemas, apesar da mesma herança maldita, apesar dos gastos não
empenhados e que ficaram para pagar no novo Governo, nós vimos, com tristeza,
dizer que a Secretaria de Segurança em Porto Alegre não está fazendo nada. Nós
pegamos as coisas dessa Prefeitura muito mal, mas muito mal mesmo. Eu não
entendo por que, até 30 de setembro, havia muito dinheiro no Banco; depois de
30 de setembro, apesar da arrecadação muito boa de outubro, novembro e
dezembro, eles ficaram devendo. O que eles fizeram com o dinheiro? Eu não sei.
Mas não foi aplicado na segurança da Cidade, quando eles tinham o Luiz Eduardo
Soares. Agora, o novo Secretário, o jovem Secretário, está procurando
aperfeiçoar a Guarda Municipal; está dando a eles estrutura, está dando a eles
o atendimento que eles mereceram sempre; está dando a eles treinamento para que
eles possam ser úteis em combinação com a Brigada Militar, que é outra Brigada
já, pelo menos está estimulada. E nós sabemos que eles não têm bons salários,
nós sabemos que eles enfrentam dificuldades de armamento - os infratores, os
bandidos têm armas muito melhores -, mas eles colocam a sua vida em risco todos
os dias.
Agora,
realmente não há como aparelhar melhor a Brigada Militar, porque o Estado não
tem recursos, isso todos nós sabemos. Não há como fazer muitas coisas mais na
Prefeitura Municipal, porque não sei de que forma o dinheiro, que era aplicado
em CDBs até 30 de setembro, desapareceu. E, na última vez em que eu consegui os
dados da disponibilidade bancária, por intermédio do Secretário - eu nunca
entendi o motivo -, ele me disse: “Não vá usar isso contra mim”. Eu nunca
entendi o porquê.
É
muito fácil criticar a Segurança, é muito fácil criticar a Cidade por alguns
problemas que ela está enfrentando, mas nós temos que olhar: tudo está sendo
organizado, tudo está sendo estruturado, com a preocupação de fazer projetos,
porque nós recebemos uma Cidade sem projetos, nós não tivemos que dar seqüência
a alguma coisa que tivesse sido projetada e não pôde ser iniciada. A Verª
Maristela Maffei está me olhando, talvez, porque a 3ª Perimetral continua. Eu
não estou dizendo que não, só que o que deveria ter sido pago em janeiro de
2003 foi pago em janeiro de 2005. Então, é muito difícil fazer raciocínio sobre
Segurança, sobre obras, quando o passado deixou tudo em péssimas condições,
quando os cofres foram raspados, quando o futuro foi vendido, como as estradas
federais, que o Governo do Sr. Olívio Dutra, nos últimos dias, trocou por parte
do 13º salário dos servidores do Estado do Rio Grande do Sul.
De
qualquer forma, numa tarde como hoje, ouvir discursos como os que estão sendo
feitos é parte do trabalho do Vereador. Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. CLAUDIO SEBENELO: Sr. Presidente e Srs. Vereadores,
respondendo à Verª Maria Celeste, queríamos dizer que esses 50 mil reais
recebidos - os 10 do aluguel não foram recebidos -, eram exclusivamente
destinados à reforma de um prédio que não era da Secretaria, que foi alugado.
Por este aluguel era pago, apenas, 6.500 reais – 6.500 reais por uma pequena
farmácia na Rua Siqueira Campos, onde não tem lugar para fazer uma fila, porque
as pessoas têm que sair para a rua e entrar na pista de rolamento. E o que é
pior: sabem quando esse imóvel foi alugado? Sabe quando que ele foi locado,
Verª Maria Celeste? Se V. Exª não tem esse dado, eu tenho! Dia 23 de dezembro
de 2004 - 23 de dezembro -, a uma semana do fim do Governo, por 6.500 reais, um
estabelecimento na Rua Siqueira Campos. Pois é este dinheiro que está sendo
devolvido e vai voltar em medicamentos gratuitos, porque essa farmácia é
farmácia paga, onde as pessoas não recebem medicamentos básicos gratuitos. É
esta a questão que, de uma forma relevante, a Verª Maria Celeste trouxe à
baila, aqui.
Então,
se as farmácias populares mantiverem os preços altos que têm, nós preferimos -
e é programa do Governo Fogaça -, inaugurar, como foi feito sexta-feira passada
- e a isso V. Exª não se referiu -, quatro farmácias gratuitas; elas foram
inauguradas na cidade de Porto Alegre, e vão ser inauguradas, até o fim do ano,
mais cinco farmácias gratuitas - não é remédio pago. É essa a questão que,
inclusive, quero lhe dizer, Vereadora, eu acho que V. Exª vai ficar muito
satisfeita com esta notícia - esse caso, dos 50 mil, vai à Consulta Popular.
A Srª Maria Celeste: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Ver. Claudio Sebenelo, o que nos causou profunda estranheza foi a
posição da Secretaria em dizer que, neste momento, não tem vontade política
para executar o que já estava encaminhado e orçado. O representante da
Secretaria, o Dr. Raul, colocou a questão do pagamento do aluguel, e a
representante do Ministério da Saúde ainda disse: “Bom, se a Prefeitura tem
problemas e acha que o local não é adequado, que o aluguel está muito caro,
pode ser revisto.”
O SR. CLAUDIO SEBENELO: Não, é que a reforma...
A Srª Maria Celeste: Qual foi a resposta do Secretário? “Nós
não queremos fazer este projeto neste momento”. São dois projetos...
O SR. CLAUDIO SEBENELO: Muito obrigado pelo seu aparte; eu quero
lhe dizer o seguinte: Vereadora, já terminou o seu aparte.
A Srª Maria Celeste: O que o senhor fala, são dois projetos
diferentes.
O SR. CLAUDIO SEBENELO: Vereadora, por gentileza, já terminou o
seu aparte.
A Srª Maria Celeste: Só para concluir, Sr. Vereador! São dois
projetos diferentes: um, para que as pessoas possam comprar medicação; outro,
para medicação doada. Muito obrigada, Ver. Sebenelo!
O SR. CLAUDIO SEBENELO: Vereadora, já terminou o seu aparte!
Quem diz que terminou sou eu e não a senhora. É uma indelicadeza sua isso.
Eu
quero lhe dizer que esse protocolo de intenções, feito no dia 23 de dezembro,
custou, só de aluguel, 6.500 reais! E mais 50 mil reais que seriam investidos
num prédio que não é da Prefeitura. Só poderiam ser aplicados na reforma desse
prédio e beneficiariam o dono, e não a farmácia. Ora, pelo amor de Deus, isso é
um absurdo!
Outra
coisa: não temos vontade política de pagar por medicamentos, fazer farmácias
populares, pagando medicamento, quando esses mesmos medicamentos devem,
obrigatoriamente e pela Constituição, serem fornecidos gratuitamente. Esta é a
questão. O resto é sofisma.
Queria
também responder ao Ver. Todeschini, sobre a crítica feita às questões da
Segurança, as quais aceitamos. Críticas feitas, algumas delas bem embasadas, e
algumas boas sugestões feitas, eu acho que podem ser aceitas. Agora, seria uma
desfaçatez muito grande um Vereador da base do Governo Olívio falar em
Segurança aqui nesta tribuna. Olhe que foi um dos problemas mais graves
enfrentados por um Governador, e a “herança maldita”... Aliás, um Secretário
inclusive com grande preparo intelectual e pessoa digna e correta, contra o
qual eu não tenho nenhum óbice a qualquer das atitudes como cidadão. Porém, ele
não foi feliz em uma Secretaria em que há uma série de coisas a serem feitas,
serem ditas e a serem debatidas que não foram trazidas para cá! Eu quero saber
o seguinte...
O Sr. Carlos Comassetto: V. Exª permite um aparte?
O SR. CLAUDIO SEBENELO: Eu não vou lhe dar o aparte, pois já dei
para sua colega Maria Celeste - e não fui feliz, por sinal.
Eu
quero dizer o seguinte: quando a questão Segurança é debatida, nós queremos que
se debata também desarmamento, a prevenção, em que o Partido dos Trabalhadores,
criminosamente, administrativamente, estimulou a criação, em níveis
industriais, em níveis logarítmicos, de uma grande quantidade de novos
habitantes das FEBEMs e das prisões, com uma pré-escola que foi esquecida pelo
Partido dos Trabalhadores, e que essas criancinhas de então, hoje já adultos,
são os novos delinqüentes que temos de enfrentar aos 16, 17, 18 anos de idade.
Isso é se preocupar com segurança, porque a segurança também é resolvida
preventivamente com educação. E, se houve alguma questão de segurança a ser
debatida, ela está diretamente ligada ao “Estado paralelo”, à questão da
influência do Estado de outras formas de organizações não-oficiais que minam
pelo “crime-negócio” (sic) e
principalmente pela credibilidade que hoje os traficantes e os contrabandistas
de armas têm na cidade de Porto Alegre. Eles são os principais capitães da vida
nas favelas. Eles fornecem o que o Estado não fornece por falta de meios, num
Estado que está falido há mais de 20 anos. E agora vem sendo cobrado do Governo
Rigotto.
Há
algumas coisas que, desgraçadamente, são feitas e não são noticiadas, por
exemplo: o Centro da Cidade está todo ele agora com câmeras, fiscalizando as
pessoas; o número de novos brigadianos formados; o número de viaturas postas em
circulação. Dizer que o latrocínio em Porto Alegre aumentou 150% não é verdade;
ao contrário, diminuiu o latrocínio na cidade de Porto Alegre. No ano de 2004,
houve uma diminuição do latrocínio na cidade de Porto Alegre. E vêm aqui dizer
que aumentou em 150%. Isso aí não existe! Então, todas essas alegações são
partidárias, mas eu gostaria que o tipo de diálogo fosse feito num nível de
solução, e não dizerem: o meu Governo é melhor que o teu. Isso não existe, isso
é pueril. O que eu quero saber é como foi resolvida a questão da prevenção;
como é que foi resolvida a questão do desarmamento; como são resolvidas as
questões do crime-negócio. Essas questões são fulcro para o debate, essas são
as soluções. Agora, é muito fácil ser bodoque, e quem tem “telhado de vidro”,
por favor, que se cuide, porque, em geral, depois quando os governos
subseqüentes têm sucesso, é como aquela fábula de Esopo: “Meu Deus, essas uvas
estão verdes, nem os cães as podem tragar”. É isso aí.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. MARISTELA MAFFEI (Requerimento): Sr. Presidente, eu gostaria que fosse
retirado das notas taquigráficas o seguinte: “Partido dos Trabalhadores
criminosamente”. Eu não sei a que o Vereador estava se referindo, não sei qual
a condenação que o Partido dos Trabalhadores teve. Portanto, a pessoa que
estava utilizando a tribuna não pode tangenciar dessa forma com a instituição
do Partido dos Trabalhadores.
O SR. CLAUDIO SEBENELO: O adjetivo não fere o decoro parlamentar,
portanto, não vai ser retirado.
A SRA. MARISTELA MAFFEI: Sr. Presidente, eu gostaria de contar com
a sua sensibilidade.
O SR. CLAUDIO SEBENELO: Sr. Presidente, essa é uma palavra da
língua portuguesa, ela é um advérbio que pode ser entendido como um adjetivo,
então, ela não precisa ser retirada, porque ela não é ofensa. Esse é um parecer
meu, eu me responsabilizo pelo termo e posso assinar embaixo se quiserem, mas
não vai ser retirado do discurso.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Vereadora, vou responder a V. Exª
posteriormente, antes vou ler as notas taquigráficas.
O SR. CLAUDIO SEBENELO: Não falei de nenhuma pessoa, falei de uma
questão de metodologia administrativa.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Vou examiná-las e darei a resposta a
Vossa Excelência.
A SRA. MARISTELA MAFFEI: Eu agradeço, Sr. Presidente, e vou estar
aguardando.
O SR. CLAUDIO SEBENELO: Lamentaria muito, Sr. Presidente, que
fosse retirado um termo que altera, inclusive, todo o meu raciocínio.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Sou grato a Vossa Excelência.
Apregôo
a Emenda nº 03 ao PLL nº 129/02, proposta pelo Ver. Aldacir Oliboni e assinada
pela Verª Maristela Maffei, Líder da Bancada do PT, que normatiza os
funcionamentos dos estacionamentos de shopping
centers.
Vamos
suspender a presente Sessão para oportunizarmos a Reunião Conjunta das
Comissões, com vista a examinar Parecer do Relator, Ver. Raul Carrion. Convido
o Ver. Ibsen Pinheiro para presidir a presente Reunião Conjunta das Comissões.
Então suspensos os trabalhos.
(Suspendem-se
os trabalhos às 16h24min.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães -
17h06min): Estão
reabertos os trabalhos.
Passamos
à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR (Art. 151 do
Regimento)
(05
oradores/05 minutos/com aparte)
1.ª SESSÃO
PROC.
N.º 0418/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 018/05, de autoria do Ver. Raul Carrion, que
dispõe sobre a afixação de placas denominativas de logradouros públicos nos
prazos em que menciona e assegura ao contratado pelos serviços de emplacamento
explorar comercialmente os postes toponímicos. Com Emenda n.º 01.
PROC.
N.º 1990/05 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 011/05, de autoria do Ver. Bernardino
Vendruscolo, que altera dispositivos da Lei Complementar n.º 197, de 21 de
março de 1989, e alterações posteriores - ITBI -, e estabelece o parcelamento
do imposto em até 12 frações mensais e consecutivas.
2.ª SESSÃO
PROC.
N.º 0309/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 052/05, de autoria do Ver. Nereu D'Avila, que
concede o troféu Honra ao Mérito à Companhia Zaffari Comércio e Indústria.
PROC.
N.º 2474/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 086/05, de autoria do Ver. Raul Carrion, que
altera a redação do art. 2º da Resolução n.º 1.413, de 9 de junho de 1999, que
institui o Prêmio Quilombo dos Palmares, destinando a Sessão Solene de
encerramento da Semana da Consciência Negra para sua outorga.
PROC.
N.º 2504/05 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 017/05, de autoria do Ver. Claudio Sebenelo, que
altera a redação do art. 73 da Lei Complementar n.º 12, de 7 de janeiro de
1975, e alterações posteriores, que institui posturas para o Município de Porto
Alegre, proibindo os espetáculos de feras e a exibição de quaisquer animais
perigosos.
PROC.
N.º 2582/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 121/05, de autoria da Ver.ª Maristela Maffei, que
autoriza o Executivo Municipal a erigir obra artística alusiva ao Dia
Internacional da Mulher no Largo Oito de Março.
PROC.
N.º 2666/05 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 07/05, que cria a Secretaria Especial de
Acessibilidade e Inclusão Social na PMPA e dá outras providências. Com Emenda n.º 01.
PROC.
N.º 2669/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 126/05, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que
denomina Rua Erny Ludwig um logradouro público cadastrado, localizado no Bairro
Mário Quintana.
PROC.
N.º 2693/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 127/05, de autoria da Ver.ª Neuza Canabarro, que
declara o ano de 2008 como o Ano da Arte.
3.ª SESSÃO
PROC.
N.º 2365/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 107/05, de autoria do Ver. Maurício Dziedricki,
que dispõe sobre o Programa de Agendamento de Consultas Médicas nas Unidades de
Saúde existentes no Município.
PROC.
N.º 2477/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 113/05, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que
denomina Rua Antônio Delapieve um logradouro público cadastrado, localizado no
Bairro Mário Quintana.
PROC.
N.º 2478/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 114/05, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que
denomina Rua João Lauro Kliemann um logradouro público cadastrado, localizado
no Bairro Mário Quintana.
5.ª SESSÃO
PROC.
N.º 2287/05 - PROJETO DE EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 008/05, de autoria do Ver. João Antonio Dib, que
altera a redação do § 2º e inclui § 3.º no art. 91 da Lei Orgânica do Município
de Porto Alegre, que trata da substituição do Prefeito no caso de impedimento
do Presidente da Câmara Municipal.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. João Antonio Dib está com a
palavra para discutir a Pauta.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, minhas senhoras e meus senhores, eu sempre afirmo
que lei deve ser clara, precisa, concisa e respeitada, portanto, no meu
entendimento, não precisamos de mais leis, como se faz nesta Casa todos os
dias.
Nós
precisamos unir as nossas forças para fiscalizar o cumprimento das leis
existentes. Mas parece que o nosso problema se resolve no momento em que nós
assinamos um Projeto de Lei e ele é aprovado.
O Ver. Raul Carrion apresenta um Projeto que dispõe sobre a afixação de placas denominativas de logradouros públicos nos prazos que menciona e assegura ao contratado pelos serviços de emplacamento explorar comercialmente os postes toponímicos. Já existe lei nesse sentido, a Lei nº 383, de 1951, determina que a Prefeitura coloque as placas nas esquinas e diz como devem ser colocadas. A Lei Complementar nº 12, de autoria deste Vereador, no Código de Posturas, diz, no seu art. 17, que cabe à Prefeitura colocar - e deve constar, todos os anos, na Lei de Diretrizes Orçamentárias - placas indicativas de denominação de logradouros públicos regulares ou irregulares ainda não identificados, podendo para tanto serem celebrados convênios com entidades, inclusive mediante divulgação publicitária.
Em
1994, eu apresentei um Projeto de Lei instituindo o ano de 1995 como o ano de
denominação dos logradouros públicos. Consegui colocar verba no Orçamento, como
também consegui colocar, e ser passado, mas como uma andorinha sozinha não faz
verão, uma voz sozinha também não é ouvida. Então, nós nos preocupamos em fazer
leis, leis e mais leis, mas fiscalizar o cumprimento da lei, exigir o
cumprimento da lei, nós não fazemos.
O
Ver. Carrion faz o seu Projeto de Lei; a Procuradoria diz que não cabe na forma
que foi feito; ele, competente, diligente, faz um extenso arrazoado e depois
apresenta uma Emenda. Não consegui entender a Emenda: “Suprime o inciso III do
§ 1º do art. 3º, devendo os demais incisos serem renumerados, passando o inciso
IV para inciso III e o inciso V para inciso IV”. Só que no Projeto de Lei não
tem esses incisos, não tem nada disso no art. 3º.
Por outro lado, o Ver. Bernardino pretende fazer o
parcelamento do ITBI. Eu acho que é uma medida realmente boa, mas precisamos
analisar. No ano passado, foi aprovado aqui um Projeto semelhante e o atual
Prefeito vetou o Projeto. Se o Prefeito vetou o Projeto, fazendo o parcelamento
em 10 vezes, é possível, quase certo, que ele vete um parcelamento em 12 vezes.
Eu acho que se a idéia é boa, o Vereador poderia, sem dúvida nenhuma, conversar
com o Secretário da Fazenda, mostrar a importância desse Projeto para a
população e para a Prefeitura, e conseguir que se fizesse um parcelamento. Acho
até que pode não ser necessária a lei, porque há leis autorizando parcelamento
de impostos, e esse não é senão um imposto. Eu acho que essa idéia não pode ser
perdida; o Ver. Bernardino, no meu entender, deve procurar o Secretário da
Fazenda e mostrar a excelência da sua idéia, a excelência do seu Projeto, e
fazer com que isso seja aprovado. Se não em 12 vezes, em 6 vezes, mas de
qualquer forma que seja aprovado, porque acho que é interesse da população, e
também interesse da Prefeitura Municipal, porque as transações serão logo
levadas a Cartório. E, às vezes, levam muito tempo sem que cheguem ao Cartório,
e, depois, ao averbamento na Prefeitura. Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Professor Garcia está com a
palavra para discutir a Pauta.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras
Vereadoras, vou-me deter, hoje, em dois Projetos de que ainda não havia falado
nesta Casa. São projetos que estão na 2ª Sessão de Pauta.
O primeiro, é um Projeto da Verª Neuza Canabarro, que
declara o ano de 2008 como o Ano da Arte. Gostaríamos de parabenizá-la por essa
iniciativa.
Há
duas semanas, o Ver. Raul Carrion foi, inclusive, o proponente de uma Sessão,
aqui na Casa, dos 98 anos do Instituto de Artes. Uma bela cerimônia mostrando
os diversos caminhos que o Instituto de Artes desenvolveu, não só para a cidade
de Porto Alegre, mas do Rio Grande do Sul e até mesmo pelo nosso continente.
Então,
Verª Neuza, quando V. Exª traz um ano especial, pinçando o ano de 2008 como o
Ano das Artes, eu acho que é muito importante registrar isso. Todos os dias são
dias da arte, mas Porto Alegre vai ter um olhar diferente e V. Exª já está
prevendo isso com bastante antecedência. Então, pode ter certeza de que vai
encontrar neste Vereador um aliado, e acredito que esse Projeto simples, mas de
grande magnitude, vai ter a aprovação de todos.
O
segundo Projeto de Lei do Executivo cria a Secretaria Especial de
Acessibilidade e Inclusão Social do Município de Porto Alegre. Eu li o Projeto
e vou começar a fazer a primeira discussão, hoje. Primeiro: estamos preocupados
por saber de onde vão sair esses recursos. Daqui a alguns dias vamos receber o
Plano Plurianual, e virão alguns detalhamentos, porque quando se cria uma
Secretaria tem de estar disponibilizada a estrutura dessa Secretaria e de que
forma virão os gastos, até para evitar o que aconteceu recentemente quando foi
criada uma nova Secretaria, a Secretaria Municipal da Juventude, em que não
havia a disponibilidade da criação dos cargos, a dotação orçamentária.
Então
nós temos de ter esse olhar. Eu vou ficar acompanhando para ver de que forma e
de onde vão sair os recursos.
Ao
mesmo tempo, também, a questão da acessibilidade é uma questão importante, pois
no Município de Porto Alegre há uma Secretaria, a Secretaria dos Direitos
Humanos, e um dos segmentos dessa Secretaria é justamente a questão da
acessibilidade. Então, de que forma a Secretaria de Direitos Humanos vai deixar
de ter alguns tentáculos sobre a questão da acessibilidade, passando para essa
Secretaria? A preocupação maior é quanto a essa questão orçamentária. Ora,
nenhuma Secretaria foi extinta. Estamos criando uma nova Secretaria, estamos
criando novos cargos e todas essas criações têm despesas.
Então
vamos ficar atentos para ver de que forma vai ser retirado dinheiro da
Secretaria de Direitos Humanos, que é uma Secretaria que já tem poucos
recursos, ou não? Hoje há o segmento da acessibilidade, recentemente o Ver.
Luiz Braz, inclusive, ingressou com uma Emenda, disponibilizando que o titular
seja alguém com curso superior. Eu acho que é importante essa visão, também
macro, que é um cuidado, um carinho especial que a Cidade tem que ter por esse
segmento, porque, por incrível que pareça, a nossa Legislação é tão rica, mas
ela não garante isso de fato. Existe de direito, Ver. Braz, a questão da
acessibilidade, mas estamos longe disso.
E
é por isso, sim, que a gente tem que ter um olhar diferenciado. Mas eu prometo
que vou estudar mais, mas quero, ao mesmo tempo, aguardar que venha para esta
Casa e ver de que forma virá. Vão ser quantos cargos? Saber da repercussão
financeira para podermos emitir um juízo de valor maior relativo a essa
Secretaria. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Carlos Comassetto está com a
palavra para discutir a Pauta.
O SR. CARLOS COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães,
prezados colegas Vereadores, prezadas colegas Vereadoras, prezado público que
nos assiste pelo Canal 16 e público das galerias, venho aqui para continuarmos
o debate sobre os Projetos apresentados e vou me reportar ao Projeto de Lei do
Executivo nº 07/05, que cria a Secretaria Especial de Acessibilidade e Inclusão
Social na Prefeitura Municipal de Porto Alegre e dá outras providências.
Quero
fazer este debate aqui a respeito da criação de mais uma Secretaria, não pela
importância que tem o tema da acessibilidade. Nós temos que trabalhar aqui
nesta discussão a seguinte contradição: uma, é discutirmos as políticas de
acessibilidades para Porto Alegre e a outra é criarmos estruturas burocráticas
administrativas para poder, ainda no início do Governo, abrir mais alguns
cargos de comissões para acomodar mais alguns partidos políticos, porque nós
sabemos que esse cargo já tem endereço certo, antes mesmo de nós discutirmos as
políticas. Portanto - para um Governo que dizia que ia enxugar a máquina
administrativa -, trazer a criação de mais uma Secretaria no quinto mês de
gestão, porque nos quatro meses anteriores nós já criamos três Secretarias: a
Secretaria de Coordenação Política e Governança Local, a Secretaria de Gestão e
Acompanhamento Estratégico e a Secretaria da Juventude. Bom, iremos criar,
neste momento, mais uma Secretaria, que é de um tema importante, ou vamos
discutir as políticas desse tema e verificar se eles já estão contemplados na
política municipal existente?
A Srª Sofia Cavedon: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Ver. Carlos Comassetto, muito obrigada pelo aparte. Rapidamente, só
lembrando a trajetória, infelizmente, de uma das Secretarias, a Secretaria da
Juventude. Aqui aprovamos, num voto de confiança, até cinco milhões para o seu
orçamento, uma Secretaria que não tem Conselho Municipal da Juventude, por veto
deste Governo e que não tem, nesta Casa, funcionando a Comissão da Juventude e
também por esvaziamento da base do Governo. Quer dizer, para que se faz nova
Secretaria, se não se quer participação popular?
O SR. CARLOS COMASSETTO: Obrigado, Verª Sofia. Quero dizer mais,
que as políticas especiais de Acessibilidade e Inclusão Social não são
necessárias e não dizem respeito a uma Secretaria exclusiva, pois esse tema não
é um tema setorial; ele é um tema transversal, é um tema horizontal, esse tema
tem de ser tratado dentro da Secretaria Municipal do Planejamento. E nós, agora,
como vamos discutir aqui o Plano Diretor, temos que construir as políticas para
toda a Cidade, para verificarmos a questão da acessibilidade. Temos de discutir
dentro da Secretaria de Obras e Viação, para analisarmos as tecnologias desde
os sinais de trânsito, como, por exemplo, os semáforos, porque as sinaleiras,
em todas as partes em que se discute isso, para os portadores de deficiência
audiovisual é interessante que haja sinalização. Então, são tecnologias. Para
isso, a SMOV tem de discutir. A EPTC tem de discutir. A FASC, quando diz
respeito à inclusão social tem de estar incluída na sua estruturação
administrativa de projetos e programas. E tem, sim, uma Secretaria, hoje, que é
a Secretaria de Direitos Humanos e de Segurança que compõe a maior política de
acessibilidade. E mais do que isso, existe em Porto Alegre uma Comissão
Permanente de Acessibilidade que é composta pelos diversos segmentos da Cidade
e coordenada pelo Governo Municipal.
Portanto,
Ver. João Dib, se nós quisermos melhorar o tema da saúde, o tema da inclusão
social, nós temos de discutir quanto recurso vai aqui. É melhor nós abrirmos o
Pronto Socorro da Zona Sul, lá no Parque Belém, como a população da Cidade está
reivindicando, ou destinarmos mais uma estrutura burocrática administrativa que
vai contemplar, sim, porque nós sabemos que a discussão, aqui, antes de ser uma
discussão de conteúdo político e social, é para contemplar mais um Partido da
base de sustentação que ainda não tem secretaria - Partido este que deu
sustentação ao Governo FHC bem recentemente. Bom, não podemos vir aqui, Sr.
Presidente - para concluir -, dizendo que vamos “enxugar” o Governo e propormos
a cada mês a criação de uma nova Secretaria. Não sabemos quantas virão até o
final do ano. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): A Verª Clênia Maranhão está com a
palavra para discutir a Pauta.
A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Sr. Presidente, Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, nós temos vários Projetos para discussão de Pauta
nesta Casa. Eu quero me referir neste período a um Projeto em Pauta que, na
minha avaliação, é o Projeto mais importante que nós estamos discutindo neste
momento. Eu me refiro a um Projeto do Executivo que cria a Secretaria Especial
de Acessibilidade e Inclusão Social para a Cidade de Porto Alegre. Eu espero
que a votação desse Projeto seja tratada como sempre têm sido tratadas as
questões importantes para o povo desta Cidade. Quero preliminarmente lembrar
que publicamente no processo eleitoral que antecedeu o segundo turno, nos
debates públicos de construção das propostas elaboradas na metodologia
democrática dos diálogos com a Cidade, foi indicada a construção de quatro
novas Secretarias. Três já foram criadas. Eu espero que, exatamente a
Secretaria que trata dos direitos da definição de políticas públicas para as
pessoas portadoras de necessidades especiais seja tratada da mesma forma, com a
mesma responsabilidade política que este Plenário tem tratado todas as questões
que aqui chegam, independentemente dos Partidos que estão no poder.
Para
as pessoas que acompanham este debate, eu queria explicar que essa Secretaria a
ser criada atuará como órgão executor de políticas públicas em favor do
segmento da população porto-alegrense que tem de enfrentar as dificuldades,
pelas suas condições especiais.
Dentre
as finalidades dessa Secretaria - e por isso, Vereador, é que ela não é
contraditória com as atuações da Secretaria de Direitos Humanos - está a função
de formular políticas municipais de inclusão social, projetos, programas
voltados para o desenvolvimento social, garantindo a peculiaridade dessa
parcela dos porto-alegrenses.
Este
é o segundo dia de debate, e, por isso, talvez nem todos os Vereadores tenham
lido com muito aprofundamento e cuidado a Justificativa deste Projeto.
Está
absolutamente claro na Justificativa do Projeto que essa Secretaria substitui o
Conselho hoje existente. Nós estamos fazendo uma modificação de nomenclatura,
mas que tem a simbologia de empoderar um segmento fundamental de ser
contemplado. Não será criado nenhum novo cargo que propicie despesas para o
Município. Isto está expresso, Vereadores. É só ler os últimos parágrafos da
Justificativa.
O Sr. Luiz Braz: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
da oradora.) Verª Clênia, estou acompanhando o raciocínio de V. Exª, e lamento
o fato de alguns Vereadores ocuparem a tribuna sem antes lerem os documentos
que vêm para esta Casa; então, sem ter nenhuma noção do que estão falando, vão
despejando palavras de agressão à gestão administrativa da nossa Cidade, sem
nenhum embasamento, e às vezes, passando uma falsa idéia para o telespectador.
A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Obrigada, Vereador. Concluindo, eu queria
dizer que a diferença entre a criação dos cargos existentes e dos novos cargos
trará um saldo positivo, Vereador, de R$ 23.569,00, anualmente, aos cofres de
Porto Alegre.
Portanto,
se a justificativa era a preocupação de que iria aumentar a despesa com a
modificação da estrutura nova, fiquem absolutamente tranqüilos.
Eu
queria dizer, ainda, que é fundamental a criação dessa Secretaria para garantir
a transversalidade das políticas de inclusão às pessoas portadoras de
necessidades especiais, para que todas as instâncias do Poder Público
considerem essa realidade e destinem políticas que possam, efetivamente, ser
aplicadas a partir das demandas das necessidades enfrentadas no cotidiano da
Cidade por essas pessoas.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a
palavra para discutir a Pauta.
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores; senhoras e senhores, venho a esta tribuna para
defender o Projeto, de nossa autoria, que permite o parcelamento do ITBI,
Imposto de Transmissão de Bens Imóveis, em até 12 vezes.
Este Projeto foi aprovado por esta Casa, no ano passado, e,
posteriormente, vetado pelo Sr. Prefeito. A rejeição foi acatada aqui na Casa.
Nós entendemos os motivos da rejeição, e, por isso, retornamos com Projeto
semelhante, corrigindo aquela deficiência que entendemos que o Projeto tinha no
passado.
Este Projeto vem com as garantias que o Executivo alegou na
oportunidade, e vem mostrar a necessidade que a sociedade tem de ter um Projeto
que permita o parcelamento do ITBI, porque nós, que conhecemos o mercado
imobiliário em Porto Alegre, sabemos que são milhares de contratos
particulares, cessão de direito, todos conhecidos como “contratos de gaveta”,
que existem e que não são levados à devida regularização, dado o custo que os
compradores têm, vendo a possibilidade de regularizar isso só com o pagamento à
vista.
Eu já sei que o Ver. João Antonio Dib fez alguns comentários
aqui da tribuna, e eu quero agradecer, até pela sua experiência.
E
nós vimos neste Projeto a possibilidade de atender, primeiramente, àqueles
milhares de contratos, àquelas milhares de situações irregulares que estão hoje
postas aí na sociedade, não dando condições a essas pessoas de regularizarem e
garantirem a efetiva propriedade dos seus imóveis.
Então,
este Projeto visa, antes de tudo, aos contratos já efetivados, porém
não-regularizados junto ao Registro de Imóveis e nem junto à Prefeitura.
Este
Projeto tem como principal objetivo dar essa garantia àqueles que já negociaram
por intermédio de contratos particulares, e não fizeram ainda a sua
escrituração.
Evidentemente
que aqueles que forem fazer a escritura, agora, foram fazer o negócio neste
momento, poderão usar este Projeto, desde que façam a sua escritura - e ele
assim é - na última parcela.
Para
dar uma certa garantia ao Executivo, nós estamos também aqui deixando a
possibilidade de que o Executivo crie uma tabela progressiva, dando
oportunidade, dentro dos limites que o Executivo entender, e mantendo a
finalidade social do contrato, criando uma tabela progressiva.
O Sr. João Antonio Dib: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Nobre Ver. Bernardino, o Projeto de V. Exª é muito mais claro,
muito mais explícito do que o Projeto que foi vetado. Por isso, essa
oportunidade não pode ser perdida. Seria conveniente uma conversa com a área
fazendária da Prefeitura para mostrar a importância do assunto, já que eu tenho
recebido correspondências solicitando esse tipo de parcelamento.
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Perfeito. Nós tomamos o cuidado, Vereador,
e já fizemos essa visita à Secretaria da Fazenda, mostrando que o Município só
tem a ganhar com este Projeto, até porque, como disse antes, ele visa muito
mais a regularizar os negócios que já aconteceram do que os futuros negócios.
Evidentemente que, por ele ser um Projeto social, caberá ao Prefeito, por
intermédio de Decreto, regulamentar uma tabela progressiva. Obrigado, Sr.
Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): A Verª Maristela Maffei está com a
palavra para uma Comunicação de Líder.
A SRA. MARISTELA MAFFEI: Sr. Presidente, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, em relação ao Projeto do Plano Diretor, aquilo
que tem nos afetado cada vez mais na nossa vida, na nossa Cidade, no nosso
Estado, é em relação à questão da segurança. Ontem mesmo, no programa
Fantástico, nós ouvíamos que, quando se trata de um problema de guerra, que
envolve, por exemplo, crianças e adolescentes, estes são tratados como vítimas,
e quando se tratam dos problemas que nós temos, como foi colocado, lá no Rio de
Janeiro, em relação a crianças e adolescentes fazendo uso de armas e envolvendo
a questão de drogadição, aí é um caso de polícia, aí é bandidagem.
Nós,
lamentavelmente, não superamos, durante o nosso Governo, todos os problemas da
nossa Cidade.
Eu
lembro, Verª Manuela, de uma situação das crianças que moravam (Mostra jornal.)
em buracos, Verª Neuza Canabarro, embaixo de pontes, enfim, problemas esses que
o Governo que entrou, da atual Administração, dizia que ia resolver
imediatamente, mas, infelizmente - pois é um problema muito sério -, não o fez.
Eu
fico, aliás, emocionada quando vejo os veículos de comunicação trazendo
novamente esse problema à tona, e também triste, porque ele continua existindo.
Mas este Governo, que demonstrava ser a grande fada-madrinha, dizendo que ia
resolver todos os problemas, não resolveu, e nós continuamos com esse problema.
E
o olhar que se dá para esses problemas é como se fossem um caso de polícia. Nós
todos sabemos o esforço que temos feito, e fizemos isso com políticas públicas
na nossa Cidade, em relação a ter instrumentos para isso. E até porque nós
sabemos que uma criança, nessa situação, muitas vezes ela está muito mais
protegida na rua do que propriamente dentro da sua casa.
E
eu falo isso porque nós temos de começar a relacionar o problema com a questão
da segurança. Nós não podemos tratar o problema de segurança da mesma forma,
criminalizando esses adolescentes como se fosse uma vontade pessoal ou
simplesmente o fato de os tirarmos da rua fosse resolver esse problema.
Por
outro lado, nós sabemos que o aumento da segurança tem muito a ver com medidas
que nós, no Governo Olívio Dutra, juntamente com o Secretário José Paulo Bisol,
atacamos de frente - ou seja, atacamos “o problema na carne”. E não é um
problema que existe apenas na superestrutura, mas é um problema que existe
também na estrutura da própria Polícia Civil, da Brigada Militar, a qual nós
sabemos que existe e que é conhecida como “a banda podre da Polícia Civil e da
Brigada Militar”. E, aqui, entra a questão do narcotráfico, do tráfico de
armas, do tráfico de drogas, as quais nós denunciamos. Mas, aí, inverteram a
questão, como se o grande problema da marginalidade fosse do Partido dos
Trabalhadores.
Nós
temos ouvido, aqui, até hoje, quando queremos atacar esse problema de frente,
que o problema da Segurança Pública faz parte da “herança maldita”. Se houve
responsabilidade, houve na organização de uma CPI, uma CPI necessária, mas com
o viés de inverter os bandidos que deveriam ser atacados. E, hoje, por uma
orientação político-ideológica, pois não se sabe quem é o atual Secretário de
Segurança deste Estado, uma vez que nós nunca o vemos ou o ouvimos atacar o
problema de frente, para que a gente busque uma alternativa, não há uma política
séria, a não ser a orientação da “Tolerância Zero”; não há uma orientação séria
no sentido de contratar os concursados, a não ser a de contratar brigadianos
temporários, os quais não têm tempo de ter a preparação necessária para dar
continuidade a uma política séria que é a de atacar esse problema de frente.
Isso é o que se chama de preventivo! Quiçá, se nós discutirmos o cerne da
questão, o problema que nós queremos atacar!
Então,
senhoras e senhores, há responsabilidades políticas nisso! E, até hoje tenta-se
responsabilizar o PT! E aqueles pretensos sabedores, que hoje têm
responsabilidade na atual política de insegurança deste Estado, atacaram-nos,
quando, na realidade, deveriam ter-se unido a nós para resolver o problema!
Mas, por uma questão eleitoral, apenas para poder governar este Estado,
atacaram de forma desqualificada, de forma irresponsável, o Partido dos
Trabalhadores.
Hoje,
senhoras e senhores que estão-nos assistindo, é claro que os neoliberais,
aqueles que satanizaram a política, virão em filas, não todos, mas grande parte
deles, principalmente aqueles que têm essa linha atroz, irresponsável. E
infelizmente, Sr. Presidente, quem paga é a população, na medida em que os
nossos filhos, independente da situação social, caem baleados ou na mão do narcotráfico,
como nós vimos na Lomba do Pinheiro, nesse final de semana, filhos nossos, lá
da região, onde há muita gente de altos escalões, juntos, distribuindo drogas e
armas; são os nossos filhos que estão morrendo tombados naquela região e em
tantas outras regiões deste Estado. Obrigada pela tolerância, Sr. Presidente;
com certeza, vamos voltar a discutir esse tema. Muito obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães, Srs.
Vereadores, Sras Vereadoras, senhoras e senhores, eu acho que o que
eu estou ouvindo hoje, aqui, nesta Sessão, deveria ser registrado, Ver.
Haroldo, no “livro dos absurdos”, de acordo com os pronunciamentos que são
feitos aqui por Lideranças petistas. Quando se fala da área de Segurança
Pública, Ver. Melo, eu me lembro muito bem da desmoralização que o PT
empreendeu com relação aos oficiais da Brigada Militar. A Brigada Militar seria
completamente extinta, terminaria, se o PT continuasse com aquela forma de
administrar a questão de Segurança Pública em nosso Estado.
Eu
me lembro de alguns fatos que foram marcantes para todos nós, como, por
exemplo, o assassinato daquele proprietário de farmácia, ali na Av. Bento
Gonçalves, e de outros assassinatos que nós vimos que eram registrados
exatamente por causa de, às vezes, algum pronunciamento do Secretário de
Segurança Pública na época, às vezes por causa de algum desmando nessa área da
Segurança Pública; a população estava, realmente, atônita, com relação aos
desmandos nessa área da Segurança Pública. Então, eu acredito que o PT vir
aqui, hoje, falar em Segurança Pública, discutir os problemas relacionados com
Segurança Pública - justamente ele que queria acabar com o Colégio Tiradentes,
que queria liquidar com a Brigada Militar -, não cabe, muito embora nós
firmemos um juízo de que nem mesmo no momento atual, Ver. Todeschini, nós
concordamos com muitas das ações que são feitas nessa área da Segurança
Pública, achando que precisaria ser feito, realmente, muito mais.
Como
o PT, com certeza, deixou o Estado com um Orçamento precário, é muito difícil
se fazer alguma coisa com relação a consertar os desmazelos da área da
Segurança. Nós realmente concordamos apenas com aqueles que acham que se
precisa fazer muito mais nessa área.
Mas
eu não vim aqui para falar sobre esse assunto; de passagem falei sobre ele. Eu
quero apenas registrar que as ações petistas precisam ser corrigidas antes de
elas causarem, Ver. João Dib, muito prejuízo à nossa Nação. O Ministro Palocci
teve, talvez, uma das primeiras manifestações de bom-senso entre os Ministros
petistas. Ele reconheceu que na época em que se votava a Lei de
Responsabilidade Fiscal, no ano 2000, quando do Governo Fernando Henrique
Cardoso, fazendo uma mea culpa, e dizendo que estavam errados os
petistas que, naquela época, se investiram contra à aprovação da Lei de
Responsabilidade Fiscal. Eu imagino, se não fosse a aprovação da Lei de
Responsabilidade Fiscal, o que seria hoje da maioria dos Municípios e dos
Estados do nosso País! A partir da aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal
é que se começou a ter um pouco mais de zelo com relação aos gastos do
Orçamento. E começou-se, também, a ter uma possibilidade maior de fiscalizar os
gastos do Orçamento em cada uma das suas áreas como, por exemplo, para pessoal.
Tudo estava, na verdade, especificado dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Naquela
época, o PT tentou, porque sempre tenta explodir com a Nação, impedir a
aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal, mas hoje eu já fico contente,
porque vejo um Ministro - o Ministro Palocci, um dos principais Ministros desta
República – fazer mea culpa e dizer:
“Naquela época o meu Partido estava errado”. E quantas vezes o PT tentou
prejudicar esta Nação? Naquela época, quando da votação da Lei de
Responsabilidade Fiscal, o PT não conseguiu prejudicar a Nação, o Congresso
Nacional foi mais forte e acabou aprovando a Lei; mas quantas vezes o PT tentou
prejudicar a Nação e conseguiu? Graças a Deus, quando se votou a Lei de
Responsabilidade Fiscal, o PT não foi forte o suficiente para impedir que essa
Lei fosse aprovada em nosso País. E hoje acho que todos nós, todos os
brasileiros dão vivas à aprovação desse instrumento, muito embora para nós,
aqui - não é Presidente? -, esteja sendo, no momento, um dos motivos de
preocupação. Mas, que bom isso, que bom que nós podemos fazer uma discussão até
mesmo aqui dentro desta Casa para vermos qual é a melhor forma de utilizarmos o
nosso Orçamento para bem servirmos a nossa população.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): A Verª Clênia Maranhão está com a
palavra para uma Comunicação de Líder.
A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Sr. Presidente, Sras Vereadoras,
Srs. Vereadores, eu vou fazer uma rápida intervenção, porque acho que todos nós
estamos querendo entrar na Ordem do Dia, pela importância da votação do Projeto
referente ao Plurianual do nosso Município. Preliminarmente, eu queria
responder a uma preocupação trazida aqui pela Verª Manuela, dizendo à Vereadora
que não é nenhuma intenção do nosso Governo, e jamais poderia ser, a omissão de
qualquer informação do Executivo em qualquer área do Governo. Se, realmente,
cem por cento das solicitações da Vereadora não foram respondidas - e ainda não
foram - é exatamente porque hoje temos 817 Pedidos de Providências sugeridos ao
Executivo, nesses cento e poucos dias de Governo. Então, estamos fazendo um
esforço...
(Aparte
anti-regimental.)
A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: A base do Governo é bem participante, o
Vereador tem razão, solicita muitas providências e informações. Mas acho que é
compreensível que não tenhamos ainda conseguido responder o conjunto das
demandas, mas a Vereadora tem razão, porque eu acho que os Pedidos de
Informações e os de Providências são instrumentos importantes, inclusive para o
Governo, porque quando o Vereador faz um Pedido de Informações, é porque alguma
questão da Cidade, algum problema foi trazido ao Parlamento. Então o Pedido de
Informações constitui um instrumento de levantar para o Executivo a
problemática da Cidade. Mas, considerando a enorme quantidade de Pedidos,
alguns realmente poderão estar atrasados; no caso da Vereadora, eu inclusive
confirmei, ela ainda não conseguiu receber no prazo o conjunto das respostas.
Eu
acho importante trazer para a tribuna essa questão, porque é uma realidade, mas
quero reafirmar a posição do Governo de ter com esta Casa a prontidão e a
rapidez na resposta das solicitações, sendo que algumas demandam uma investigação
muito profunda por parte dos órgãos vinculados às perguntas que são feitas. É
apenas por uma questão de procedimento, mas o conceito do nosso Governo é de
absoluto respeito entre os Poderes, e de absoluta transparência no que diz
respeito às informações, assim também como consideramos extremamente relevantes
os Pedidos de Providências, porque eles expressam a posição deste Parlamento, o
qual é muito qualificado, e os seus Pedidos de Providências normalmente se
constituem em questões importantes e relevantes para o desenvolvimento da
Cidade.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Sr. Presidente, Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, na última sexta-feira, dia 06 de maio, tivemos a
oportunidade de participar do aniversário de 65 anos da Escola de Educação
Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Foi uma festa muito
bonita, com o comparecimento do Diretor Ricardo Petersen, do Reitor Hennemann,
quando foi discutido um pouco da evolução da história da Educação Física, já
que esta foi a primeira Faculdade de Educação Física do Rio Grande do Sul.
Um
detalhe importante é que hoje a Educação Física no Brasil é responsável por 2%
do PIB brasileiro. São mais de 400 faculdades. Eu sou grato à Universidade
Federal do Rio Grande do Sul, e sempre digo que eu me formei graças a ter
entrado numa instituição pública, gratuita, e com uma alta qualidade, que me
orientou...
(Aparte
anti-regimental do Ver. Ervino Besson.)
O SR. PROFESSOR GARCIA: Não, Vereador, o Brizola foi um dos
grandes homens da educação, mas não teve influência, nesse aspecto, na
universidade pública. Mas, foi um dos grandes políticos ligado à área de
Educação.
Mas,
Vereador, eu vou aproveitar essa sua fala e entrar, especificamente, no Ensino
Médio. No ano de 2002, os resultados que saíram da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul eram de que 44% dos alunos que entram na Ufrgs são oriundos de
escolas públicas. Nós poderíamos fazer uma leitura mais simples: se são 44% -
quase a metade -, os alunos que entram na universidade pública que são da
escola pública; então, está bem a escola pública. É um por um: um da escola
pública e um da escola particular. Só que a realidade não é essa. Existem 20
vezes mais escolas públicas do que escolas particulares. Isso faz com que a
chance de um aluno da escola pública, hoje, ingressar numa universidade pública
seja de um aluno para vinte; ou seja, diminui, e muito, a chance de alguém que
estuda numa escola estadual entrar em uma universidade pública.
Recentemente,
foi dito que as escolas públicas estaduais são as melhores do Brasil. São boas,
mas estão longe dessa situação, em que há uma vaga na universidade federal para
vinte, ou seja, um aluno da escola particular tem 20 vezes mais chance de
ingressar na universidade pública em relação a alguém que possui o mesmo ensino
na escola estadual.
Mais
uma vez trazemos este relato, mas, na realidade, nós queremos parabenizar a
Escola de Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul pelos
seus 65 anos. Lá se formaram milhares de profissionais que atuam nas mais
diferentes áreas do segmento desportivo, do segmento educacional. No ano
passado, nós tivemos uma grata felicidade: quando a Universidade Federal do Rio
Grande do Sul completou 70 anos, cada curso tinha de indicar um profissional
para contar alguma coisa da sua vida. Este Vereador foi escolhido pelos
diretores, professores e discentes da Faculdade de Educação Física para dar
esse depoimento, que está publicado nos anais da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul. Então, são um motivo de júbilo, de alegria esses 65 anos!
Quero
ressaltar que, cada vez mais, nós precisamos que a universidade pública seja
ampliada, com mais vagas, mais segmentos, e que também tenha o ensino noturno,
porque nós precisamos, e muito, da Educação, mas, ao mesmo tempo, temos algumas
ressalvas à proliferação do número de faculdades privadas no nosso País. Muito
obrigado, Sr. Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães,
minhas colegas Vereadoras, meus colegas Vereadores, nós respeitamos muito a
Líder do PT, Verª Maristela Maffei, mas eu acho que esta última fala dela -
sobre a questão da Segurança Pública -, Ver. Braz, precisa ser contextualizada.
Primeiro ela diz que é um Governo neoliberal, que não tem compromisso com a
Segurança Pública. Em matéria de neoliberalismo, todos os outros, e nós, temos
de buscar escola com o Presidente Lula, que tem feito um Governo neoliberal
recauchutado. Ou por acaso esta política que está aí, na qual os banqueiros têm
a maior lucratividade do mundo, não é no Brasil, Ver. Gerson Almeida? É no
Brasil, sob o Governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tem CPF, que
tem identidade! Então, em matéria de neoliberalismo, faz escola o PT no Governo
Federal. Agora, Verª Mônica, sobre a questão da Segurança Pública, eu não
esqueço, por exemplo, que o Presidente Lula escreveu um capítulo, no seu
Programa de Governo, dizendo que seria parceiro dos governos estaduais para
qualificar a Segurança Pública, e a Segurança Pública, para nós, passa por
vários movimentos, que têm de ser integrados aos governos locais, governos
estaduais e o Governo Federal.
Em
segundo lugar, Ver. Gerson Almeida, cá para nós, é preciso discutir a Segurança
Pública com um pano de fundo, que é a questão social. Se nós não mudarmos esta
realidade, não adianta construirmos uma cadeia por semana, botar mais gente na
rua. Então, nós temos de discutir a Segurança Pública num conjunto maior de
ações, inclusive, Verª Maria Celeste, com a revisão da Lei Penal. Nós
precisamos passar por uma profunda reforma da Legislação Penal e Processual
Penal, Ver. Brasinha.
Os
senhores estão vendo que esses crimes, que lamentavelmente assolam o dia-a-dia
dos gaúchos e das gaúchas, muitos deles, Verª Mônica, são praticados por
reincidentes - presos que estão cumprindo pena em regime de liberdade, e,
portanto, praticam esse tipo de delito.
Eu
quero dizer que o nosso Governo não é “salvador da pátria”. O Secretário José
Otávio Germano - que não é do meu Partido, mas é um grande Secretário - tem
feito um esforço monumental para poder fazer...
(Aparte
anti-regimental do Ver. Gerson Almeida.)
O SR. SEBASTIÃO MELO: Não, Ver. Gerson Almeida. Este é um
Governo que aumentou muito, nesses dois anos, o número de brigadianos, e mais
delegados.
(Aparte
anti-regimental do Ver. Gerson Almeida.)
O SR. SEBASTIÃO MELO: Não. São concursados, que, aliás, vieram
do Governo dos senhores, que estavam lá, do Governo do Olívio Dutra, que
estavam em fase de preparação e que, portanto, foram nomeados. Este Governo tem
investido pesadamente na renovação da sua frota; este Governo aumentou o número
de delegacias, de delegados!
Agora,
eu acho que é equivocado fazer esse debate partidário da Segurança Pública.
Desculpe-me, mas sobre o nosso Secretário Bisol, figura que foi do meu Partido,
que eu respeito muito, alguém poderia chegar aqui e dizer que o Bisol, por
exemplo, andava abraçado com os bandidos. Não, eu não vou fazer esse discurso
desnivelado, desqualificado; não vou fazer isso!
Eu
acho que a questão da Segurança Pública tem a ver com um conjunto de medidas:
primeiro, de questões sociais que devem ser enfrentadas. Um País que tem 56
milhões de brasileiros passando fome, vivendo debaixo das pontes, sem
oportunidade, sem acesso a nada, esses são candidatos naturais à delinqüência
deste País. Segundo: há uma impunidade muito grande, Verª Manuela. Quando os
graúdos não são punidos, estimulam-se os de baixo. Este é um País em que os
grandes não vão parar na cadeia; só os pequenos.
Então,
isso precisa ser, na nossa avaliação, um debate envolvendo o conjunto, Verª
Maristela Maffei. Vossa Excelência quer atacar o Governo Rigotto, dizendo que
este Governo... Não, este Governo tem políticas de Segurança, sim! Agora, nós
não vamos enfrentar a questão da Segurança Pública isoladamente de um conjunto
de ações que dependem do Governo da República, dependem da sociedade, dependem
da revisão da Legislação Penal e Processual deste País. Portanto, nós queremos
aqui continuar esse debate, mas nesse eixo, nessa linha, nessa direção, porque
eu acho que ganha, com esse debate, a qualificação da Segurança Pública. Muito
obrigado, Sr. Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Registro a presença do Dep. Federal
Constituinte José Maria Eymael, Presidente Nacional do PSDC. Saudamos V. Exª,
Sr. Deputado.
Havendo
quórum, passamos à
Srs.
Vereadores, há um Requerimento, de autoria do Ver. Mario Fraga, solicitando a
inversão da ordem dos trabalhos. Em primeiro lugar, o PDL nº 002/05; em segundo
lugar, o PELO nº 004/05, e, em terceiro lugar, o PLCL nº 008/00. Depois,
segue-se a ordem normal. Em votação o Requerimento do Ver. Mario Fraga.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO com o voto contrário da Verª
Sofia Cavedon.
DISCUSSÃO
GERAL E VOTAÇÃO
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. 2964/05 – PROJETO DE DECRETO
LEGISLATIVO Nº 002/05, de
autoria da Comissão de Constituição e Justiça, que autoriza o Prefeito Municipal a ausentar-se do País, de 10 a
16 de maio de 2005, para viajar à Alemanha.
Parecer:
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): Mas o Processo está
com a Bancada.
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): Eu gostaria que
fosse feita a distribuição do material.
O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para discutir
o PDL nº 002/05.
(Aparte anti-regimental do Ver. Raul Carrion.)
O Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra para discutir o
PDL nº 002/05.
O Ver. Raul Carrion está com a
palavra para discutir o PDL nº 002/05.
O SR. PROFESSOR
GARCIA: Obrigado Vereador, quando V. Exª
concorda, facilita o processo.
Não nos cabe mais nenhum óbice, a não
ser desejar ao Prefeito boa viagem! Obrigado.
Declaração de voto do Partido dos
Trabalhadores.
O Ver. Adeli Sell está com a palavra.
(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento
da CMPA;
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): Em votação o PELO
nº 004/05. (Pausa.)
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Está bem, Sr. Presidente.